‘O adversário parecia intransponível. A retranca impedia jogadas ousadas e tudo caminhava para a derrota. Mas a Campanha Salarial da CTEEP e da CESP em2005 provou mais uma vez a capacidade da categoria , que virou o placar de um duelo praticamente perdido.Uma partida com lances polêmicos, é verdade. A cartolagem, representada pela Secretaria de Energia, tentou ganhar no tapetão e esperava até contar com a boa ajuda da arbitragem (leia-se dissídio) para levar a melhor.
Mas a paralisação de um dia foi uma demonstração de garra e amor à camisa da categoria energética. Uma atitude de gente que não foge da dividida e sabe que apenas boa vontade é pouco para vencer. É preciso garra.
O troféu veio na sequência: a negociação de um Acordo Coletivo que prevê dois anos de garantia de emprego aos companheiros da CTEEP e CESP e a manutenção de direitos.
O campeonato, no entanto, não acabou. O jogo agora é decisivo e vai requerer maior dedicação: a luta contra a privatização da CTEEP.Como sempre, o Sinergia CUT colocará seus trunfos em campo. Propôs ações judiciais e apontou vícios e irregularidades de um jogo cujo prêmio é entregar o troféu mais valioso do povo paulista: o patrimônio.Uma das ações encaminhada à Justiça Federal e pedia o cancelamento do recebimento das propostas de avaliação e modelagem da CTEEP. O juiz, no entanto, antes de tomar qualquer decisão resolveu ouvir as partes envolvidas no processo, que são a Fazenda Pública do Estado, a CESP e a CTEEP.
Não dá para fugir desse jogo. É preciso entrar em campo para preservar empresas que são o símbolo de dedicação do povo paulista. E a gente não quer perder este ingrato campeonato.