Ainda é muito pouco. E mais uma proposta apresentada pelos negociadores da CTEEP foi rejeitada pelo Sinergia CUT. Já são quatro reuniões mas a empresa continua com uma proposta econômica muito aquém das reivindicações dos trabalhadores.
A proposta apresentada na rodada da tarde desta segunda (19) passou de 2,5% para 3% o reajuste de salários, manteve os dois abonos de 15% em julho e 15% em outubro e o piso salarial em R$ 830.
Segundo a empresa, o novo índice proposto é um mix do IPC da Fipe (1,96%) mais 1,02% de aumento real. Para o Sinergia CUT, o índice continua abaixo da reivindicação dos trabalhadores que querem aumento real de verdade.
Nos benefícios econômicos, a única mudança é que a CTEEP está disposta a reduzir a participação dos trabalhadores. Vale refeição, cesta básica e auxílio creche seriam reajustados nos mesmos 4,5% da proposta anterior. No VR, a empresa propôs mudar a tabela de participação de 0 a 13% para salários de R$ 1.600 a R$ 2.300. Na Cesta, a participação dos trabalhadores passaria para 5% a 25%.
A CTEEP admitiu contar a segunda hora na concessão do Lanche Hora Extra, manteve a mesma proposta de negociar a PLR até novembro e adiou a antecipação da primeira parcela do 13° salário, que agora seria paga em julho.
A empresa também manteve a proposta de Acordo Coletivo por apenas um ano, com exceção da cláusula de Gerenciamento de Pessoal que tem validade até maio de 2009.
A proposta foi rejeitada por todas as entidades sindicais que negociam com a direção da CTEEP. Nova rodada está pré-agendada para a próxima sexta (23).
Unidade na lutaPara resistir à privatização e fazer avançar a negociação da Campanha Salarial, o Sinergia CUT participa de reunião com todos os sindicatos nesta terça-feira (20), em São Paulo. Vamos definir um Plano de Luta unificado, incluindo a greve em todos os locais de trabalho.