Em entrevista coletiva aos jornalistas, na manhã da última quarta-feira (28), logo depois de batido o martelo no leilão de privatização da CTEEP, o secretário de Energia Mauro Arce tentou explicar o fato de quatro empresas habilitadas terem desistido de comprar a empresa de transmissão em cima da hora.
Para Arce, ‘vários entraves podem ter influenciado as empresas’ a desistir de fazer ofertas. O secretário tentou insinuar que um dos motivos poderia ser o fato de a Interconexión Eléctrica (ISA) e Terna Parcitipações são empresas ‘experientes no mercado de transmissão’ e fizeram boas ofertas, o que demonstraria que a competitividade do negócio.
Alusa, Brascan Brasil, Pactual Transmissão e Investimentos e o consórcio Makelele Participações, encabeçado pela CPFL Energia, fizeram os depósitos de garantia na véspera do leilão mas não entregaram os envelopes com propostas para comprar a CTEEP.
Nos bastidores, investidores comentavam que os motivos foram outros, como a falta de anuência da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), além de questões como o pagamento dos aposentados da lei 4819 e a dívida com a Eletrobrás.