A máscara caiu. A Elektro deixou de firulas e mostrou sua verdadeira intenção na Campanha Salarial durante a terceira rodada de negociação, realizada na manhã de quinta (24), em Campinas. Por dez anos, o Sinergia CUT e os trabalhadores sempre estiveram mobilizados para manter no Acordo Coletivo uma cláusula de Gerenciamento de Pessoal que ainda regra o emprego dos 2600 trabalhadores.
Mesmo no ano da primeira revisão tarifária, em 2003, quando foi feito um ajuste na redação, permitindo algum percentual para rotatitividade naa mão de obra. Nunca a Elektro cogitou em extinguir com a cláusula. Desta vez, no ano da segunda revisão tarifária, a empresa verbalizou que ‘não admite mais ter o limite de rotatividade de 36 postos de trabalho’, conforme prevê a cláusula 28 do Acordo vigente. A alegação da Elektro é de que pretende demitir segundo ‘critérios de mercado’.
E tem mais: em relação aos trabalhadores considerados ‘crachá CESP’, a Elektro foi enfática em afirmar que quer incentivar seu desligamento da empresa que construíram.
Aquela história de juntar as cláusulas 28 e 29, apresentada na primeira reunião foi deixada para trás pois a empresa simplesmente quer tirar o emprego dos trabalhadores.
O Sinergia CUT rechaçou essa tentativa de atentado contra o emprego dos trabalhadores. Reafirmou a vontade de negociar o emprego e não o desemprego.
O Sindicato defendeu as reivindicações contidas na Pauta de Reivindicações aprovada pelos trabalhadores em assembléia: melhoria do emprego com proteção a demissões imotivadas e quadro mínimo, estabilidade pré-aposentadoria, programa de incentivo à aposentadoria, plano de cargos e salários, política de mérito e promoção, paridade na avaliação de desempenho e oportunidades com recrutamento interno.