Na quarta rodada de negociação realizada nesta quarta (13), em Campinas, a direção da CPFL veio com a mesma ladainha de sempre para tentar enganar e enrolar os trabalhadores. Disse reconhecer a importância dos recursos humanos na empresa e que os trabalhadores são importantes para obtenção de melhores resultados. Mas, na hora de colocar a proposta na mesa, as contradições entre o que fala e o que faz ficam cada vez mais claras.
Só 4% de reajuste…E, enquanto os lucros sobem de maneira estratosférica, o máximo que a holding apresenta é a proposta de um reajuste de 4% nos salários, no piso salarial e benefícios econômicos, com exceção do Vale Alimentação que seria reajustado em 10%.
Na proposta de PLR, a empresa propõe reajuste de 4,15% no montante, o que daria um valor médio de R$ 3.500 para cada trabalhador. A negociação de metas e forma de distribuição seria feita em separado.
A holding se recusa a atender todas as demais reivindicações dos trabalhadores e propõe a supressão de várias conquistas do atual ACT, como adicional de periculosidade, exame médico periódico, bolsa de estudos, pontes de feriado e sobreaviso, entre outras. Além disso, propõe ACT por apenas um ano.
Para o Sinergia CUT, que recusou de imediato a proposta, os índices propostos ficam muito aquém daquilo que se pode considerar decente para análise dos trabalhadores, além de estarem abaixo das propostas feitas pelas demais distribuidoras. … e sem empregoQuando chegou a hora de apresentar a proposta de Polìtica de Emprego, a empresa só disse que pretende um quadro mínimo de acordo com as necessidades de mercado: 3.190 trabalhadores na Paulista, Geração e Brasil, 1.120 trabalhadores na Piratininga. Pior: sem qualquer garantia de emprego.
O Sinergia CUT considera a proposta da CPFL um absurdo que só deixaria o clima organizacional ainda pior, já que os trabalhadores conhecem as verdadeiras intenções da empresa – poder demitir sem critérios e sem limites. Com tudo isso, o Sinergia CUT recusou toda a proposta na mesa. A próxima rodada acontece no próximo dia 21. Até lá, participe das assembléias nos locais de trabalho.