O desemprego no Brasil caiu em junho em relação a maio, mas a renda média de quem está trabalhando também recuou, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desemprego nacional ficou em 9,7% da população economicamente ativa (PEA) em junho, abaixo dos 10,1% apurados em maio. ‘Foi o primeiro recuo do indicador neste ano, após três meses de estabilidade em 10,1%’, destacou o IBGE em nota. Em junho de 2006, o nível de desocupação foi de 10,4%.
São Paulo puxa queda a comparação com maio deste ano, apenas a região metropolitana de São Paulo teve variação na taxa de desocupação, que declinou 1 ponto percentual. No confronto com junho do calendário antecedente, a modificação mais marcada foi vista em Recife, onde a taxa caiu de 15,4% para 12,6%.
O contingente de desocupados, estimado em 2,2 milhões de pessoas, ‘não se alterou em ambas as comparações’, disse o IBGE. Por sua vez, o número de pessoas ocupadas era estimado em 20,8 milhões em junho, com acréscimo de 1,3% ante maio deste exercício e de 3,2% em comparação com o sexto mês do ano passado.
RendaO rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas correspondeu a R$ 1.119,20 em junho, inferior em 0,5% no confronto com o mês anterior. Ante junho do ano passado, porém, houve elevação de 2,7%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
‘Em relação a maio, houve recuperação do rendimento real médio nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (1,8%) e Porto Alegre (0,6%); declínio em Salvador (4,9%) e São Paulo (1,8%); e estabilidade em Recife e Belo Horizonte’, observou o IBGE.
Nessa base de comparação, o rendimento real médio melhorou em Salvador (7,3%), Belo Horizonte (2,3%), Rio de Janeiro (8,8%) e Porto Alegre (6,5%). Já em Recife e São Paulo, viu-se decréscimo, de 4,1% e 1%, respectivamente.
Informais têm aumentoNa passagem do quinto para o sexto mês deste calendário, o rendimento médio dos trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de R$ 1.077,50, com redução de 2,7%. Contudo, os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado tiveram aumento de 2,6%, para R$ 768,5. Os trabalhadores por conta própria ficaram com rendimento 3,4% superior, de R$ 949,80.
Frente a junho de 2006, houve redução de 2,1% no rendimento dos trabalhadores com carteira assinada. Os trabalhadores sem carteira ficaram com renda 9,4% maior e os trabalhadores por conta própria verificaram acréscimo de 10,1%.