Boa notícia. As atividades de Projetos de Rede e Linhas da Elektro voltarão a ser de responsabilidade total da empresa, com a primarização desse serviço estratégico e a contratação de mais projetistas no quadro de pessoal próprio. O anúncio pelo RH da Elektro em reunião realizada com dirigentes do Sinergia CUT na última terça-feira (09), em Campinas.
Vale lembrar que a primarização de atividades estratégicas sempre esteve na pauta do Sinergia CUT e na luta constante contra a terceirização. A área de Projetos foi terceirizada em uma das primeiras reestruturações impostas pela Elektro logo após a privatização. Foi em 21 de setembro de 1999 que a empresa comunicou ao Sinergia CUT a intenção de terceirizar as áreas de Projetos e de Cadastro.
Depois de intensos debates com o Sindicato, por conta da cláusula 29 do Acordo Coletivo, a empresa recuou da decisão de terceirizar o Cadastro e assumiu o compromisso de repassar a área de Projetos para os próprios trabalhadores através de cooperativas. Foi o que aconteceu também com o Centro de Manutenção, hoje sob responsabilidade dos cerca de 260 trabalhadores da Potencial, e com a área de Projetos, atualmente atendida pela Cootep, com um total de 66 trabalhadores.
Mais projetistasCom a primarização, a Elektro deverá contratar mais profissionais diretos a partir de novembro próximo. Hoje, a empresa tem 28 projetistas e já antecipou que precisará de mais 37, inclusive com o reaproveitamento dos trabalhadores da cooperativa.
O Sinergia CUT argumentou que será preciso contratar trabalhadores para a área, que requer pessoal qualificado e treinado: ‘A quantidade de 65 projetistas ainda será pequena para absorção integral das atividades relacionadas ao Projeto. Principalmente porque a empresa tem que atender os aspectos de saúde, segurança, treinamento e retreinamento dos trabalhadores, além de adequar os espaços e as ferramentas de trabalho’.
Sendo assim, o Sindicato reivindicou que a Elektro leve em consideração várias questões na absorção de mão de obra para a atividade: – treinar e integrar todos os projetistas atuais e os que forem contratados; – priorizar a absorção do pessoal que está na Cootep desde 1999; – levar em consideração a formação profissional, incluindo os que estão fazendo curso técnico e excluindo a exigência do CREA;– pagar adicional de periculosidade para todos os que trabalharem em áreas de risco, o que foi interrompido quando da terceirização, pois o pessoal próprio deixou de fazer atividade de campo;– incluir os contratados no PSAP (Plano de Suplementação de Aposentadoria e Pensão) e demais benefícios da Fundação CESP;– e adequar os salários de contratação à experiência acumulada dos profissionais.
O RH da Elektro firmou o compromisso de comunicar as várias etapas da absorção dos projetistas da Cootep e que, se necessário, realizará nova reunião com o Sinedicato.