Quando será?

Governo ainda não sabe quando vai pagar próximas parcelas do auxílio emergencial

Enquanto trabalhadores aguardam próximos pagamentos, presidente da Caixa diz apenas que calendário da 3ª parcela 'deve' começar em duas semanas e não diz nada sobre a 2ª parcela dos últimos cadastros aprovados

Marcello Casall Jr/Agência Brasil

Redação CUT

 
A maioria dos mais de 59 milhões de trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais e desempregados, que tiveram o cadastro aprovado pela Dataprev, já receberam pelo menos uma parcela do auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1.200 para mães chefes de família). O Congresso Nacional aprovou o pagamento de três parcelas do auxílio para ajudar os trabalhadores durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O primeiro grupo aprovado, 50,5 milhões de trabalhadores, já recebeu as duas primeiras parcelas. O segundo grupo aprovado, de 8,5 milhões de pessoas, recebeu a primeira na semana passada. Nenhum dos dois grupos sabe quando receberá as próximas parcelas.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse em entrevista na última quinta-feira (28), que “em cerca de duas semanas” deve iniciar o calendário de pagamentos da segunda parcela para os primeiros beneficiários. Sobre o segundo grupo, que recebeu apenas uma parcela, ele disse apenas que o benefício deve ser liberado em até um mês.

Atraso

Para o pagamento da segunda parcela do auxílio houve um atraso de 23 dias. O governo havia assumido o compromisso de fazer os pagamentos entre 27 de abril e 5 de maio, mas o benefício só foi depositado, de fato, a partir do dia 20 de maio.
De acordo com a Dataprev, empresa estatal de tecnologia da Previdência, mais de 112,5 milhões de requerimentos foram processados desde o início do programa. Deste total, 59 milhões de pessoas foram consideradas aptas a receber o auxílio emergencial. Cerca de 42 milhões de solicitações foram negadas porque as pessoas que requisitaram não cumpriam os requisitos da lei.
Outros aproximadamente 9,7 milhões de trabalhadores ainda não tiveram a análise de seus pedidos concluída pela empresa. São trabalhadores que estão desde o início da pandemia do novo coranavírus sem atividades profissionais e, portanto, sem fonte de renda para se sustentar e sustentar suas famílias.

Saques da 2ª parcela começaram no dia 30

Desde o último sábado (30), os cerca de 50,5 milhões de trabalhadores que receberam a segunda parcela do auxílio podem efetuar saques e transferências para outras contas. O dinheiro foi depositado em poupanças sociais digitais abertas pela Caixa, independentemente do trabalhador ter recebido a primeira parcela em outra conta. Apesar do dinheiro já estar nas poupanças, as pessoas só podiam pagar contas com o cartão de débito virtual, por meio do cartão virtual do aplicativo Caixa Tem.
A poupança digital deve ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem, criado para facilitar o acesso a serviços sociais e a diversas transações bancárias. O app está disponível para download nas lojas Android e iOS, da Apple.
No Caixa Tem é possível acessar informações sobre o Auxílio Emergencial, benefícios e programas sociais, além de informações ao trabalhador como FGTS, Abono Salarial do PIS e Seguro-Desemprego. Mesmo quem tem conta na Caixa  pode consultar saldo e extrato, fazer pagamentos e transferências limitadas.
 

Saques e transferências

O calendário de liberação para saques e transferências segue a ordem por mês de nascimento dos beneficiários. Os primeiros foram os nascidos em janeiro, no sábado (30). Nesta segunda (1°), já podem sacar ou transferir quem nasceu em fevereiro. Veja o cronograma:

Calendário de saque e transferências de contas digitais (poupança social)
Mês de nascimento Data de pagamento
Janeiro 30 de maio
Fevereiro 1° de junho
Março 2 de junho
Abril 3 de junho
Maio 4 de junho
Junho 5 de junho
Julho 6 de junho
Agosto 8 de junho
Setembro 9 de junho
Outubro 10 de junho
Novembro 11 de junho
Dezembro 12 de junho

 

Quem recebeu primeira parcela na semana passada não tem restrição de saque

O dinheiro da primeira parcela do auxílio emergencial para os novos 8,5 milhões de beneficiários está liberado para saque desde o dia em que foi depositado. Os depósitos foram feitos entre os dias 19 e 30 de maio nas contas informadas durante o preenchimento do cadastro. Quem não informou conta ou digitou dados errados, vai receber por meio da poupança social digital que a Caixa abriu.

Começar tudo de novo

Quem teve pedido negado, pode fazer uma nova solicitação pelo site da caixa ou pelo aplicativo. Ou podem contestar a negativa do pedido pela Dataprev.
Caso dê entrada em novo pedido, o trabalhador deve entrar no site auxílio.caixa.gov.br, preencher novamente todo o cadastro ou realizar a inscrição pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial.
Se o trabalhador preferir contestar, deverá acessar o aplicativo ou site e clicar em “Acompanhe sua solicitação”. O segundo passo é preencher os dados (nome, data de nascimento, CPF e nome da mãe) e clicar em “Contestação”.
Serão apresentados os motivos da não aprovação. Se o trabalhador discorda, é nesta etapa que ele vai poder pedir a reanálise do benefício, apresentando a sua justificativa.
O trabalhador deverá confirmar a declaração da veracidade das informações prestadas e clicar em “Envie contestação para análise”’.
O resultado da contestação pode ser acompanhado no próprio aplicativo ou no site pelo botão “Acompanhe sua solicitação”.
Escrito por: Redação CUT