Educação

Em defesa da vida, CUT-SP reitera que é contra a volta às aulas

Central se mantém contrária ao retorno das aulas presenciais neste momento e refirma sua posição em defesa das medidas de garantia à saúde e à vida

Maria Dias/CUT-SP

Redação CUT-SP

A CUT São Paulo vem a público repudiar o Governo do Estado de São Paulo pela publicação das regras para a reabertura das escolas em cidades que estão na fase amarela do plano de flexibilização econômica, publicadas no diário oficial de terça-feira (1°).
A medida ignora estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que aponta risco para 9,3 milhões de brasileiros de grupos de risco que vivem na mesma casa de crianças e adolescentes,caso as atividades escolares sejam retomadas de forma presencial neste momento.
Além disso, os resultados de uma pesquisa divulgada no dia 28 de agosto pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), elaborada em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou a inadequação de escolas públicas do estado de São Paulo.
O levantamento sobre a infraestrutura das escolas da rede estadual paulista indicou que 99% das unidades escolares não possuem enfermaria, consultório médico ou ambulatório. O estudo aponta ainda que 82% das escolas estaduais não têm mais de dois sanitários para uso dos estudantes.
Deste modo, ressaltamos a importância de as autoridades seguirem as recomendações de órgãos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unesco para um retorno das aulas presenciais de forma segura, mediante a adequação das escolas conforme as diretrizes apontadas no manual da Apeoesp/IAB para que as escolas sejam um espaço seguro para a saúde de todos e que seja agradável e adequado ao processo ensino-aprendizagem.
Por isso, reiteramos nossa posição contrária ao retorno das aulas presenciais neste momento e reafirmamos nosso compromisso com a defesa das medidas voltadas à garantia da saúde e da vida dos professores, alunos, funcionários e suas famílias.
São Paulo, 3 de setembro de 2020.

Direção da CUT São Paulo

 
 
Escrito por: Redação CUT-SP