Saiu na Imprensa: “Bandeira vermelha volta e conta de luz fica mais cara a partir desta terça (01)”

Devido à queda no nível dos reservatórios, Aneel reativa sistema de bandeiras tarifárias. Dezembro começa com bandeira vermelha 2, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos

Rosana Hessel, do Correio Braziliense

Escrito por Rosana Hessel, do Correio Braziliense

Devido à queda no nível dos reservatórios, Aneel reativa sistema de bandeiras tarifárias. Dezembro começa com bandeira vermelha 2, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (30/11), reativar o sistema de bandeiras tarifárias a partir de dezembro devido à queda no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Ficou estabelecida a bandeira vermelha patamar 2, com o custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

De acordo com comunicado da Aneel divulgado na noite de segunda, em virtude da pandemia do novo coronavírus, a agência tinha decidido, em maio, manter a bandeira verde acionada até 31 de dezembro deste ano. “Contudo, a queda no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas e a retomada do consumo de energia levaram à revisão da decisão hoje”, destacou a nota.

O sistema de bandeiras tarifárias funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no País. Quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) está favorável, aciona-se a bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2.

“Com o anúncio da bandeira vermelha patamar 2 é importante que os consumidores busquem evitar o desperdício de água e energia”, disse o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, em nota divulgada pela agência.

Dados do ONS

Conforme dados da página do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios dos sistemas está abaixo de 50% em praticamente todas as regiões do país até o último dia 29. A exceção ficou com o Subsistema Nordeste, composto pelas bacias dos rios Jequitinhonha e São Francisco, com média de 52,32%.

O subsistema mais crítico é o Sudeste-Centro-Oeste, composto pelas bacias dos rios Grande, Paraíba do Sul, Paraná Paranaíba Paranapanema, São Francisco, Tietê e Tocantins, com média atual dos reservatórios em 18,11%. Na sequência, o Subsistema Sul, composto por reservatórios nas bacias dos rios Capivari, Iguaçu, Jacui, Paranapanema e Uruguai, com média de 18,63%.

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