Escrito por: Redação CUT-SP
O Coletivo de Mulheres da CUT Campinas lançou, na última quarta-feira (9), um vídeo que alerta sobre o aumento dos casos de violência contra as mulheres. A produção conta com a participação de mulheres sindicalistas de diferentes categorias e militantes dos movimentos sociais da Região Metropolitana de Campinas.
Na produção, as participantes abordam os casos de violência, como o feminicídio e o abuso sexual, que registraram aumento durante o período de pandemia do coronavírus, assim como pedem o fim da cultura machista na sociedade. O telefone para denúncias, o 180, é ressaltado no conteúdo como forma de fortalecer os canais de apoio e acolhimento às mulheres. O vídeo possui um formato de curta duração, o que facilita a circulação pelos aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram. A divulgação também está ocorrendo nas páginas das redes sociais da CUT-SP, da subsede da CUT Campinas, e de sindicatos filiados. Também no Facebook do Coletivo de Mulheres da CUT Campinas.
O vídeo foi lançado durante o debate “Por que ainda precisa falar sobre violência à mulher?”, também organizado pelo Coletivo, que teve a participação da advogada Mércia Teodoro, especialista em direito penal e criminologia, ativista feminista e de direitos humanos. Mércia explicou sobre os diversos tipos violências que podem ser praticados contra mulheres e apresentou os dados mais recentes da situação no país.
O debate contou ainda com a participação de Elisa Ferreira, bancária e coordenadora do Coletivo em Campinas, de Márcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, e de Agenor Soares, coordenador da subsede da CUT-SP na região.
As duas ações são parte da agenda de luta da entidade na campanha pelos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
A violência contra mulheres tem se agravado nesses tempos de covid-19 e de isolamento social. Dados anteriores à pandemia já mostravam que Campinas registrava aumento nos casos de violência contra a mulher. De acordo com a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, de 2018 a 2019, as tentativas de feminicídio na região de Campinas passaram de 12 para 22 e os registros de violência física cresceram de 198 para 206.
No mundo do trabalho, as mulheres também sofrem com a discriminação e a desigualdade, em casos que envolvem assédio moral e sexual, diferença salarial e até mesmo demissões. Situações que também se agravam em tempos de home office, que inclui o acúmulo de jornadas e a pressão generalizada.
Confira o vídeo e compartilhe para que essa mensagem chegue a mais mulheres:
https://www.facebook.com/watch/?v=417776879585414
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