Pelo segundo fim de semana consecutivo, carreatas, bicicletadas, rodas de conversas e caminhões de som ocuparam as ruas de diversas cidades do país pelo “Fora Bolsonaro”, na manhã deste domingo (31).
Do sul ao norte do Brasil, dirigentes sindicais, lideranças parlamentares e de movimentos sociais saíram em protestos para pedir o impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL), vacina para todos e todas de forma gratuita e universal, a volta do auxílio emergencial e uma política de desenvolvimento com geração de emprego e renda.
A volta às aulas durante o aumento das mortes e casos da Covid 19 e o descaso do governo pela vida da população brasileira durante a pandemia também foram denunciadas na manhã deste domingo. Organizados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os protestos também ocuparam as redes com as hashtags #ForaBolsonaro, #VacinaJá e #CarreatasForaBolsonaro.
“Há um criminoso desprezo de Bolsonaro pela vida e na região Norte, na Amazônia, isso fica muito evidenciado. Ele precisa sair já para que o povo possa viver. No Pará e, na maioria dos Estados, os governos locais têm se virado praticamente sozinhos, com zero suporte do governo federal”, afirmou a bancária e secretária de Comunicação da CUT Pará, Vera Paoloni, que participou da carreata em Belém.
Segundo ela, a segunda carreata do #ForaBolsonaro, em Belém, “mostra o repúdio da população às monstruosidades do genocida, que junta ação e omissão criminosas, negando auxílio emergencial, boicotando vacinação e sendo um obstáculo à saúde, à vida. A carreata é um grito coletivo de repúdio”.
Os protestos lembraram do estudo australiano que mostrou que o Brasil é o pior país do mundo no combate a pandemia, numa lista de 100, junto com México, Colômbia, Irã e Estados Unidos. O Brasil caminha para o número de 10 milhões de casos e 250 mil mortes.
Saiba Mais
Durante a carreata em Niterói (RJ), o metalúrgico Edson Rocha disse que a mobilização é para mostrar que os trabalhadores e as trabalhadoras do país estão do lado certo da história “protestando e denunciando os crimes de Bolsonaro e Mourão {Hamilton Mourão, vice-presidente da República}, que juntos num projeto capitalista neoliberal, entregam nossas empresas ao capital estrangeiro, retiram direitos dos trabalhadores, deixam o povo sem emprego, ameaçam acabar com o SUS, não investem na saúde, na educação, na ciência, na cultura. Isso tudo com o país voltando ao mapa da fome, perdendo mais de 220 mil brasileiros”.
Ainda no Rio de Janeiro, uma carreata organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), denunciou o retorno escolar no formato presencial em meio ao crescimento em todo mundo de mortes e casos de Covid-19. A mobilização que encerrou no monumento Estácio de Sá também destacou a importância do auxílio emergencial e uma política de desenvolvimento para o país com geração de empregos e rendas. Veja como foi o ato organizado pela categoria
Veja como aconteceram os atos pelo país
Escrito por: Érica Aragão | CUT