Juventude

Jovens sindicalistas organizam encontro nos dias 13 de 14 de maio

Iniciativa busca fortalecer jovens trabalhadores e é promovida pela Secretaria de Juventude da CUT-SP, com o apoio da Secretaria de Formação e da central sindical alemã DGB

Maria Dias /CUT - SP

Rafael Silva/ CUT-SP

A Secretaria de Juventude da CUT São Paulo realiza nos dias 13 e 14 de maio o Encontro Estadual da Juventude – 2021, que reunirá jovens sindicalistas de diferentes categorias para discutir os desafios e o futuro no mundo do trabalho. A atividade será virtual, com transmissão na página do Facebook da CUT-SP, a partir das 18h30.

Sob o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), a juventude brasileira está sem nenhuma perspectiva. A taxa de desemprego entre os que têm de 18 a 24 anos ficou em 29,8% no fim de 2020, segundo o IBGE. Na educação, houve desmontes no programa ProUni, de concessão de bolsas em universidades, além de uma organização desastrosa do último Enem, que não aplicado mesmo com recomendações sanitárias de adiamento por conta da pandemia de covid-19. Já o FIES, que financia cursos universitários sem juros, foi alvo de crítica do ministro da Economia, Paulo Guedes, que chamou o fundo de “desastre” por “financiar filho de porteiro que tira zero em prova”.

A proposta do Encontro é discutir alternativas de enfrentamento a esses ataques, assim como a organização da juventude nos diversos sindicatos da base CUTista. Para isso, a iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Formação da CUT-SP e a Escola Sindical São Paulo, que apresentarão os programas de formação aplicados para as lideranças sindicais, e da central sindical alemã DGB, que possui uma frente de atuação de fortalecimento dos jovens trabalhadores organizados.

“Por conta da pandemia, muitos processos foram acelerados, como o teletrabalho. Também intensificou a questão da uberização de muitos serviços e tantos outros passam a ser precários, sem garantias de direitos. Com todo esse cenário desalentador, é importante debatermos e organizarmos a juventude para que possamos entender e buscar alternativas a esses modelos, já que somos os mais atingidos. Além disso, nós, sindicalistas, temos de pensar formas de representar esses novos trabalhadores”, diz a secretária da Juventude, a metalúrgica Priscila dos Passos Silva. 

A dirigente lembra que, apesar do Estatuto da Juventude considerar jovens pessoas na faixa etária entre 15 e 29 anos, o movimento sindical considera essa fase até os 35 anos. Isso porque no Brasil é preciso considerar contextos particulares da população, que vão desde fatores como o desenvolvimento, acesso a direitos básicos, mercado de trabalho e autonomia. Um jovem morador de região periférica ou da zona rural, por exemplo, muitas vezes precisa iniciar no mercado de trabalho ainda na adolescência para ajudar nas despesas de casa, enquanto que um jovem de classe média alta pode seguir nos estudos sem nenhum tipo de interrupção. E essa diferença traz impactos no desenvolvimento de cada pessoa, incluindo a redução na expectativa de vida.

Para se inscrever no Encontro de Juventude da CUT-SP, é preciso acessar o site https://forms.gle/qEFEhtUmZUCvzTtw6 e preencher a ficha. Em seguida, a organização entrará em contato com o link de participação, que será por meio da plataforma Zoom.

Escrito por: Rafael Silva/ CUT-SP