Salve A Eletrobras!

É greve em Furnas e na Eletronorte

Contra a privatização das empresas do Sistema Eletrobras, não cumprimento do ACT e demissões, trabalhadores da base do Sinergia CUT participam da paralisação de 72 horas que ocorre nas empresas do grupo em todo o Brasil

Sinergia CUT

Débora Piloni

Última atualização: 17 Junho, 2021 – 11h16

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Desde à zero hora de terça-feira (15) até a quinta (17), trabalhadores de Furnas e da Eletronorte da base do Sinergia CUT participam da greve de 72 horas, conforme encaminhamento do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). A luta, neste momento, é contra a privatização das empresas do grupo, descumprimento do Acordo Coletivo Nacional, à não renovação de Acordos Coletivos de Trabalho Específicos e às demissões de dirigentes sindicais.

A Medida Provisória 1031/2021, que prevê a desestatização do Sistema Eletrobras, a maior empresa de energia da América Latina, foi aprovada na Câmara dos Deputados no dia 20 de maio e tem até o próximo dia 22 de junho para ser aprovada pelo Senado, senão, o texto vai caducar e perderá seus efeitos. E o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)  **pautou a votação dessa MP para esta quarta-feira (16), mas ainda não há acordo para a aprovação. A situação é muito grave e exige união é muita luta! Então, é greve (veja as fotos abaixo).

“Jabutis”

Vale contar aqui que a própria Consultoria Legislativa do Senado, órgão responsável por fazer análises críticas e orientar os senadores com relação a projetos de lei, indicou que a MP 1031, além de ser inconstitucional, não atende o pressuposto de urgência, uma vez que os argumentos seriam bastante frágeis e questionáveis. Além disso, apontou que os trechos estranhos ao texto original, os chamados “jabutis”, podem prejudicar o Nordeste, região com grande potencial para geração de energias renováveis.

E dezenas de especialistas de diferentes segmentos da sociedade e de setores da economia, foram taxativos em afirmar que, tanto o texto original da MP1031, quanto o PLV substitutivo, aprovado na Câmara, vão encarecer demais as contas de luz além de provocar riscos de apagões. 

Por tudo isso, os 12 mil trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras entraram em greve por 72 horas, a partir da zero hora desta terça-feira e que perdura pelos próximos três dias. Os organizadores garantem que a greve não afetará o sistema, pois o essencial está mantido para não causar prejuízos à população. “O movimento paredista segue e se justifica pela necessidade de resistir a mais esse ataque governista que retira direitos dos trabalhadores e trará transtornos e prejuízos tremendos à sociedade brasileira. À luta!”, afirmam os dirigentes do Sinergia CUT.

AGORA É GREVE PORQUE A SITUAÇÃO É GRAVE!

** O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), adiou para esta quinta-feira (17), às 10h, a votação da Medida Provisória 1.031/2021. Saiba mais clicando aqui.

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3º dia de muita resistência: 17 de junho… a greve continua!

Furnas e Eletronorte

Fotos: Sinergia CUT

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2º dia de greve: a luta segue firme na base do Sinergia CUT nesse 16 de junho

Furnas e Eletronorte

Fotos: Sinergia CUT

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Mobilização na base do Sinergia CUT no dia 15 de junho

(Furnas e Eletronorte)

(fotos: Sinergia CUT)

Por Débora Piloni, com informações do CNE

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