CS 2021

Proposta da AES Tietê rejeitada na 3ª rodada, realizada nesta segunda (21)

Próxima rodada está marcada para o dia 28 de junho

Bira Dantas

Nice Bulhões, com informações da Secretaria Geral

Na terceira rodada de negociação com o Sinergia CUT, que aconteceu nesta segunda-feira (21), a AES Tietê voltou a se queixar das dificuldades existentes por conta da crise hídrica e, apresentou sua proposta. Mas, o Sindicato a rejeitou. Conheça abaixo a proposta da empresa e, em seguida, os motivos que levaram os dirigentes sindicais a rejeitá-la. A quarta rodada está marcada para o próximo dia 28.

Proposta da empresa

  • Reajuste de salários e benefícios pelo IPCA: 8,06%.
  • Abono por ocasião do fechamento do Acordo: 8,23%, passando de R$ 1.617,00 para R$ 1,750,00.
  • Prorrogação: Acordo por 2 anos + 1 ano.
  • PLR: Garantia para os próximos 3 anos com antecipação da PLR de R$ 7.500,00 para setembro.
  • Bolsa de estudos: Aumento das bolsas de idiomas de 30 para 40, com o valor reajustado também pelo IPCA (8,06%).

A empresa sinalizou ainda, segundo os dirigentes sindicais, que poderá avançar em cláusulas sociais, como exemplos o home office e a questão de não utilizar a cláusula de política de emprego durante a pandemia.

Ela concordou ainda que qualquer alteração no plano da Vivest será negociada com o Sindicato e se comprometeu que, por ocasião do falecimento do titular, trabalhador da empresa, a família continuará com a cobertura médica por mais 30 dias, período dado para que possa se transferir para outro plano.

Rejeição

O Sindicato argumentou que a empresa tem uma situação diferenciada da maioria das demais geradoras do país. Isso porque, há cerca de 10 anos, fez a opção de diversificar suas fontes geradoras. Com isso, hoje o seu portfólio de geração de energia é constituído de cerca de 65% hídrica, aproximadamente 30% eólica e o restante voltaica. “Isso dá à AES uma condição diferenciada das demais, onde o impacto da crise hídrica será bem menor”, afirmaram os negociadores.

Diante disso, o Sindicato reivindicou:

Aumento real nos salários.

Aumento diferenciado no VA e VR, “ainda mais por conta inflação dos alimentos in natura que cresceu vertiginosamente”.

A não utilização da cláusula de política de emprego para promover demissões durante a pandemia, o que, na verdade, foi uma reivindicação reiterada.

Garantia de um valor para os trabalhadores que estão em home office, “para que possam fazer frente as suas necessidades de aumento de consumo de energia e, tendo em vista que muitos tiveram que arcar com aumento na sua banda de internet, a empresa deve considerar algum tipo de ressarcimento a esses trabalhadores”.

Diante da rejeição do Sindicato, a empresa agendou nova rodada para o dia 28/06, às 10h. Para os negociadores, a proposta da empresa precisa ser melhorada. “A AES Brasil tem um balanço generoso, tanto na perspectiva futura, conforme afirmou a presidenta da empresa em live com os trabalhadores, quanto na perspectiva atual, por conta do perfil do seu portfólio de geração”, justificaram os sindicalistas.

Todos pela vida: com saúde, emprego e renda!

Por Nice Bulhões, com informações da Secretaria Geral