Recriar MTE é ação eleitoreira de Bolsonaro, diz presidente da CUT

Para Sérgio Nobre, Bolsonaro não promove o diálogo com a classe trabalhadora e, por isso não adianta o governo recriar o Ministério do Trabalho (MTE)

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

Redação CUT

Escrito por: Redação CUT

Jair Bolsonaro (ex-PSL) tem acenado com a possibilidade de recriar o Ministério do Trabalho (MTE), extinto por ele, em 2019, ao anunciar a composição do seu ministério em seu primeiro ano de governo. Pela primeira vez no Brasil, desde 1930, o país deixou de ter um ministério com foco no Trabalho.

Mas, agora diante das pesquisas eleitorais que apontam o ex-presidente Lula, como favorito às eleições presidenciais e para dar mais espaço ao seu grupo político formado por parlamentares do Centrão, Bolsonaro planeja fazer uma reforma ministerial, retirando da Economia, tanto as Pastas do Trabalho como a da Previdência. O mais cotado para assumir o novo ministério é Onyx Lorenzoni, que hoje ocupa a Secretaria-Geral da Presidência.

Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, esta decisão “não significa que o erro será corrigido. É somente uma medida com fins eleitorais com a qual Bolsonaro, desesperado ante as pesquisas e a CPI, busca alocar mais apoiadores dentro do governo e garantir, assim, votos e aprovação às suas ações desastrosas”, afirmou em entrevista ao Portal UOL.

Sérgio Nobre disse ainda que a extinção do Ministério do Trabalho acabou com um espaço de diálogo com a classe trabalhadora.

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