Carestia

R$ 35,21. É o que sobrou após quem ganha salário mínimo comprar cesta básica em SP

Levantamento do Procon e do Dieese mostra que trabalhador que ganha o mínimo gastou R$ 1.064,79 em julho para comprar uma cesta básica com 39 produtos. Com a sobra, tem de pagar luz, água, moradia etc

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Redação CUT

A disparada da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), do IBGE, que, em julho, atingiu 8,99% no acumulado de doze meses, provoca um impacto brutal no orçamento das famílias brasileiras onde muitas têm pessoas desempregados ou vivendo de bicos.

 Em São Paulo, o valor da cesta básica (R$ 1.064,79) praticamente empatou com o valor do salário mínimo (R$ 1.100) em julho na capital. Não é mais o caso de trocar um produto por outro mais barato, as famílias simplesmente deixam de comprar o básico.

Os dados são do levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O levantamento analisa o impacto dos preços para uma famíia de quatro pessoas. E a cesta básica analisada tem 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e limpeza doméstica. Não leva em consideraçao, portanto, os aumentos dos preços de aluguel, transporte, contas de água e de luz, entre outros essenciais.

De acordo com o levantamento, a cesta básica para uma família paulistana de quatro pessoas registrou alta de 0,44% em julho, de 5,65% no ano e de 22,18% em 12 meses.

A diferença de R$ 35,21 entre o custo da cesta básica e do salário mínimo é a menor desde dezembro do ano passado (R$ 37,11).

A pesquisa coleta preços em 40 supermercados da capital e elabora uma cesta com as menores cotações encontradas de cada item. Isso significa que foi a cesta mais barata dentro do universo pesquisado.

No mês passado, os vilões da cesta básica paulistana foram a carne de primeira, o café em pó, o frango resfriado inteiro, o leite de caixinha e o pão francês. De 39 itens pesquisados, mais da metade (21) teve aumento de preço.

Com informações do UOL.

Escrito por: Redação CUT