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Ministro do TCU pede mais detalhes dos estudos sobre privatização da Eletrobras

Questionamento preocupa governo porque pode inviabilizar a privatização antes das eleições

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Redação CUT

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo, que pediu vistas interrompendo o julgamento do modelo de privatização que o governo de Jair Bolsonaro (PL) pretende aplicar na venda do sistema Eletrobras, quer mais detalhes dos estudos e informações sobre o suposto conflito de interesse na contratação de uma consultoria.

O questionamento pode atrasar ainda mais o julgamento da ação que está programado para ser retomado no dia 18. O atraso preocupa o governo porque o mercado queria realizar a operação até 13 de maio para aproveitar o calendário de aquisições por parte de investidores estrangeiros e a distância dos riscos do período eleitoral, segundo o jornal Valor Econômico.

O que pediu Vita do Rêgo

Segundo a reportagem, o ministro do TCU quer informações sobre parcelas do empréstimo compulsório de energia criado por lei em 1972. Ele questiona os valores e se tais parcelas foram usadas no projeto da hidrelétrica de Itaipu Binacional ou no sistema de transmissão da usina.

Uma fonte que acompanha o tema disse ao Valor que a preocupação do ministro é com o processo de segregação de Itaipu da holding Eletrobras. A falta de detalhamento não seria um problema para a privatização em si, mas gera incerteza sobre uma eventual dívida que poderá ser cobrada da companhia depois. Isso levaria os novos acionistas a cobrar as perdas da União. O prejuízo seria na casa de bilhão e já teria sido provisionado em balanço.

Confira no site o Valor a íntegra da reportagem.

Escrito por: Redação CUT