A luta não pode parar! Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico será relançada

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Nice Bulhões

A proposta é que a iniciativa seja ampliada, passando a se chamar Frente Parlamentar em Defesa da Energia, das Barragens, da Água e do Saneamento. Discussão acontece após a posse dos novos deputados paulistas, marcada para 15 de março próximo
O presidente do Sinergia Campinas, Carlos Alberto Alves, e o representante do Sinergia CUT e da Fruse (Federação Regional dos Urbanitários do Sudeste),  Wilson Marques de Almeida, estiveram nesta quarta-feira (27) reunidos com a deputada estadual Márcia Lia (PT) para discutir o relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico. A proposta é que a iniciativa, a ser executada na próxima legislatura da Assembleia Legislativa de São Paulo, seja ampliada, passando a se chamar Frente Parlamentar em Defesa da Energia, das Barragens, da Água e do Saneamento.
Segundo o presidente do Sinergia Campinas, a estratégia será buscar a organização de entidades ligadas à energia elétrica, ao petróleo, gás, água e ao saneamento para que juntos com a frente de deputados discutir o enfrentamento aos projetos de desmonte dos setores, elaborar propostas e buscar a fiscalização das grandes barragens hidrelétricas. A preocupação se acentuou ainda mais com o rompimento das barragens de rejeitos de mineração de Fundão, em Mariana, e de Córrego do Feijão, em Brumadinho, ambas em Minas Gerais.
Essa frente, segundo Almeida, do Sinergia CUT e da Fruse, deve ser formada tão logo os novos deputados iniciem a legislatura, marcada para começar em 15 de março próximo. “O presidente da Frente será Enio Tatto e a coordenadora Márcia Lia. Por isso, viemos aqui para reiterar a nossa participação.” Acrescentou que, dessa reunião, ficou acertado que a primeira proposta será a realização de audiências públicas para exigir das empresas as apresentações do Plano de Segurança de Barragens (PSB), do Plano de Ação de Emergência (PAE) e da Inspeção de Segurança Regular (ISR) de seus empreendimentos.
Para os dois sindicalistas, a fiscalização dessas barragens precisa ser periódica. Visando a conscientização da população e a cobrança das autoridades competentes pela segurança das barragens, a Frente deverá realizar audiências públicas nas cidades de Bom Jesus do Pirapora, Americana, Ilha Solteira e Castilho. Lembrando que a criação dessa Frente Parlamentar, em 2018, foi uma extensão da campanha nacional Energia Não é Mercadoria, que tenta barrar a privatização das estatais de geração, distribuição e transmissão de energia – a maioria delas controlada pelo Sistema Eletrobras.