Vagner Freitas: Nenhuma medida judicial impedirá a greve geral contra a reforma

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Redação CUT

Presidente da CUT diz que sindicatos não vão ceder à pressão de juízes e suas liminares e que o Brasil vai parar nesta sexta-feira (14) para combater a proposta do Bolsonaro que acaba com a aposentadoria
“Não será nenhuma medida judicial que impedirá os trabalhadores e as trabalhadoras de fazer greve geral nesta sexta-feira (14) para barrar a reforma da Previdência de Bolsonaro. Vamos denunciar à Organização Internacional do Trabalho (OIT) esses juízes que, por solicitação de governos e patrões, tentam constranger os trabalhadores. Isso só demonstra o quanto a greve geral está na boca do povo e preocupando os empresários”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, se referindo a liminares concedidas pela Justiça para impedir a paralisação convocada pelas centrais sindicais contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, nome oficial da reforma, que restinge o acesso e dificulta a concessão da aposentadoria, por mais empregos e contra os cortes na educação.
A afirmação de Vagner confirma a importância da greve geral e repudia liminares judiciais e ameaças de multas, impetradas contra sindicatos, que visam impedir trabalhadores, em especial so setor de transportes – metrô, ônibus e trens -, de fazer greve amanhã.
“Não vamos ceder a esse constrangimento à lei de greve. Os trabalhadores do setor de transportes decidiram em assembleias legítimas aderir à paralisação de amanhã (14/06), e assim será”, disse o presidente da CUT.
Segundo Vagner, essas liminares configuram práticas antissindicais, não serão acatadas e possíveis multas serão questionadas judicialmente em fóruns internacionais, como a OIT.
“Conclamamos todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil inteiro a não sair de casa amanhã e apoiar a paralisação. A greve geral faz parte da luta para garantir que os brasileiros tenham direito a se aposentar, tenham direito a seguridade social”, disse Vagner.

A greve geral desta sexta foi anunciada no ato unificado do Dia Internacional do Trabalho, em 1º de maio, e é organizada pela CUT e demais centrais sindicais – CTB, Força Sindical, CGTB, CSB, UGT, Nova Central, CSP- Conlutas e Intersindical.
Entre as categorias que aprovaram a paralisação em assembleias realizadas em todo o Brasil estão bancários, professores, metalúrgicos, químicos, portuários, trabalhadores rurais, agricultores familiares, metroviários, motoristas, cobradores, caminhoneiros, trabalhadores da Educação, da saúde, de água e esgoto, dos Correios, da Justiça Federal, eletricitários, urbanitários, petroleiros, enfermeiros, vigilantes, servidores públicos federais, estaduais e municipais.
“Sexta-feira é o dia de todos os brasileiros e brasileiras, com carteira assinada ou não, participarem da greve geral. Queremos mais empregos e geração de renda. Trabalhador não aguenta mais pagar as contas das crises perdendo direitos trabalhistas e previdenciários”, disse Vagner ao Portal CUT.