Greve geral: Confira o que parou na manhã desta sexta-feira (14)

CUT NACIONAL

Trabalhadores dos transportes coletivos, dos Correios, do ensino público param em todo o Brasil. No ABC, 98% das fábricas estão fechadas
 
Em todas as capitais, no Distrito Federal e em mais de 300 cidades brasileiras, trabalhadores e trabalhadoras protestam contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (14), dia da greve geral pela aposentadoria, por mais empregos e contra os cortes na educação.
No início da manhã, motoristas e cobradores de ônibus e trabalhadores dos metrôs de várias capitais cruzaram os braços. Em São Paulo, parte das linhas de ônibus, trens e várias estações do Metrô estão paradas, especialmente nas Zonas Norte e Leste da capital paulista.

Em capitais de estados como Ceará (Fortaleza) e Pernambuco (Recife) e no Distrito Federal (Brasília), ônibus e metrôs pararam. Em capitais como João Pessoa, Curitiba, Maceió, Rio de Janeiro e Salvador, protestos bloquearam vias da cidade e saídas dos ônibus das garagens.
No ABC paulista, 98% das fábricas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC estão fechadas, 65 mil trabalhadores cruzaram os braços contra o fim da aposentadoria e por mais empregos. No início da madrugada, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o Secretário-Geral, Sérgio Nobre, estiveram com os trabalhadores da Volks, em São Bernardo do Campo.
Em praticamente todo o país, as agências bancárias amanheceram fechadas. Em São Paulo, principal centro financeiro do país, os bancos não abriram.
Confira o que está acontecendo nos estados:
No Acre, trabalhadores, estudantes e sindicalistas protestaram fazendo bloqueios em frente a pelo menos uma garagem de ônibus da capital Rio Branco.
No Amazonas, alunos e professores fecharam parcialmente a entrada da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). No Centro Histórico da capital, Manaus, bancários se reuniram às 7h na Praça da Polícia em um ato que contou também com os trabalhadores de refinarias da Petrobras.
No Amapá, professores, técnicos administrativos e estudantes da universidade federal (Unifap) fizeram ato a partir das 9h, em Macapá, e as aulas foram suspensas.
Em Alagoas, rodoviários atrasaram o início da jornada em 2 horas na capital, Maceió. Teve também paralisação na porta do CEPA, maior complexo educacional de Alagoas, em Maceió, contra os cortes na educação e contra a reforma da Previdência.
Na Bahia, motoristas e cobradores pararam os ônibus e trens de Salvador, mas o metrô funcionou porque a Força Nacional foi para dentro dos trens fazer pressão.
No Ceará, tem paralisação dos transportes coletivos e no início da manhã o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, participou de ato organizado pelos trabalhadores do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Os manifestantes cruzaram os braços em protesto contra a reforma da Previdência (PEC 06/2019).

No Distrito Federal, motoristas, cobradores de ônibus, BRT e trabalhadores do Metrô pararam o transporte público de Brasília.
Em Goiás, motoristas e cobradores atrasaram o início da jornada em protesto contra a reforma de Bolsonaro.
No Maranhão, rodoviários do transporte coletivo paralisaram as atividades desde as 4h na capital, São Luís.
No Mato Grosso do Sul, motoristas e cobradores da capital, Campo Grande, atrasaram o inicio da jornada de trabalho em protesto contra a reforma da Previdência e começaram a voltar a partir das 7h.
Em Minas Gerais, vários estações do Metrô amanheceram fechadas e foram realizados protestos em várias vias da capital, Belo Horizonte.
No Mato Grosso, houve paralisação parcial dos transportes em Cuiabá e Várzea Grande.
No Pará, trabalhadores impediram a saída dos ônibus das garagens em protesto contra a reforma e contra decisão judicial que determinou que 90% dos veículos circulassem.
Paraná, em Curitiba, capital paranaense, algumas garagens de empresas de transporte coletivo amanheceram fechadas.
Em Londrina e em Maringá, motoristas e cobradores aderiram em peso à greve geral.
Na Paraíba, trabalhadores foram as portas das garagens de ônibus no inicio da manhã fazer protestos e debates sobre a importância de parar pela aposentadoria.
Em Pernambuco, motoristas e cobradores de ônibus e do VLT de Recife estão parados e os trens funcionam parcialmente. Escolas públicas também estão fechadas.
No Piauí, motoristas e cobradores de ônibus estão parados na capital, Teresina.
No Rio Grande do Norte, motoristas e cobradores de Natal pararam no inicio da manha e começaram a deixar as garagens a partir das 7h.
No Rio Grande do Sul, os trabalhadores dos trens da Região Metropolitana de Porto Alegre aderiram à greve geral pela aposentadoria e por mais empregos. Na capital, trabalhadores de algumas empresas também pararam no inicio da manhã.
No Rio de Janeiro, os trabalhadores foram atacados pela Polícia Militar ao fazer atos de protesto em várias vidas importantes da capital. O transporte público funcionou na capital.
Em Santa Catarina, motoristas e trabalhadores de ônibus pararam na capital Florianópolis e em Blumenau. Trabalhadores dos Correios e os servidores públicos também aderiram à greve. Em Joinvile, trabalhadores estão concentrados na Praça da Bandeira. Em Itaberaba, trabalhadores também se concentraram na praça principal da cidade. Tem paralisação também em Caxambu do Sul e Chapecó de várias categorias profissionais.
Em São Paulo, trabalhadores fizeram bloqueios pacíficos na Avenida do Estado, que liga a capital a cidades da Região do ABC e em outras avenidas e rodovias.
Em Santos, no litoral paulista, também houve bloqueios na entrada da cidade e os trabalhadores fizeram uma caminhada pelo centro. Em Sorocaba, no interior do Estado, motoristas e cobradores de ônibus não saíram de nenhuma garagem das empresas de transporte público.
No São José dos Campos, Taubaté e Jacareí, os motoristas e cobradores pararam o transporte público.
Em Sergipe, trabalhadores de várias categorias se concentraram em algumas garagens do transporte coletivo de Aracaju para dialogar sobre os problemas da reforma da Previdência.
No Tocantins, os portões da Universidade Federal de Tocantins (UFT) amanheceram fechados em Palmas e trabalhadores fizeram um protestos.