CS 2019/Elektro/EKCE/EKTTs: Justiça determina continuidade das negociações

Débora Piloni

Audiência de pré-dissídio aconteceu na quarta (26), TRT, em Campinas. Reunião entre empresa e Sindicato ocorre na segunda (01) e nova audiência foi agendada para o dia 04
 
Recorrer a uma tentativa de conciliação junto ao Tribunal do Trabalho através de pré-dissídio. Esse foi o único caminho encontrado pelo Sinergia CUT para defender o Acordo Coletivo dos trabalhadores da Elektro nesta Campanha Salarial de 2019. Sim… foram muitas tentativas de negociação direta com a empresa para se chegar a um acordo justo e digno a todos. Sem possibilidade, a alternativa foi buscar o recurso legal que, diga-se de passagem, qualquer uma das partes pode recorrer durante a data-base. E a audiência aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, na última quarta-feira (26).
Motivos para o Pré-Dissídio
No último dia 06 de junho, a Elektro apresentou sua proposta final, “global e indivisível”, buscando a aprovação de assuntos que retiram direitos conquistados no ACT com validade até 31⁄05⁄2022. A proposta permite descumprimento da legislação ao flexibilizar a contratação dos PCDs e do Aprendiz, além de aumentar a jornada diária de trabalho no Call Center em Campinas, desrespeitando a NR 17.
Mais: a proposta ainda altera o plano de saúde para o Bradesco, sendo que, na ausência deste em determinadas localidades, haveria a possiblidade da utilização do plano da Unimed Nacional e, em caso de falta dessas duas alternativas, ocorreria então, o reembolso da despesa de acordo com a tabela praticada no município.
Sobre o Call Center, em Campinas, ficou muito clara a intenção da empresa quando, na Audiência, o representante da Elektro enfatizou em alta voz que a intenção é a sua extinção, inclusive com a transferência de todo atendimento para uma empresa terceirizada de Call Center no Nordeste.
Resultados da Audiência: Justiça reabre negociação
Na audiência, o Sindicato deixou clara sua posição diante da juíza e dos representantes da empresa: a proposta da Elektro é ilegal, pois, entre outros absurdos, prevê a segregação da contratação de PCD para a função de eletricista de rede.
Com toda essa polêmica criada, a desembargadora vice-presidente Tereza Gemignani acatou o pedido do Sindicato e da empresa de agendar uma reunião para discussão dos ítens controversos para a próxima segunda-feira, dia 01 de julho e marcou também uma próxima audiência para a quinta-feira, dia 4, solicitando a todos os envolvidos que tenham boa vontade “para obtenção de bons resultados na negociação…”. Aguarde!