Audiência de conciliação aconteceu nesta quinta-feira (4). Representantes da empresa voltaram a afirmar que a proposta “é global e indivisível” e que querem a migração para a Bradesco Saúde
A Elektro/EKCE/EKTTs reiterou nesta quinta-feira (4), durante a segunda tentativa de conciliação de pré-dissídio junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, a proposta apresentada na reunião do dia 1º de julho. A empresa foi intransigente e manteve a proposta da saída do plano de saúde da Fundação Cesp para o do Bradesco Saúde.
O Sindicato sugeriu a retirada deste item da proposta, fechando os outros pontos que tiveram avanços, buscando o encerramento das negociações. Mas, a empresa voltou a afirmar que a proposta “é global e indivisível”.
Motivos do pré-dissídio
Vale lembrar que este ACT tem validade até 31/05/2022. Após a primeira audiência, realizada em 26 de junho, teve uma nova reunião em 1º de julho, onde houve correções em alguns pontos, sendo que alguns deles feriam a legislação trabalhista. É o caso da proposta referente à contratação de PCD (pessoas com deficiência), que previa a flexibilização na legislação para contratação. Por isso, foi excluída.
Outros dois pontos que evoluíram foram a reestruturação do call center, que feria a NR-17 na jornada diária de trabalho, além da drástica redução do piso e sem a garantia de emprego, e a condição de contratação de aprendizes, que oferecia benefícios diferenciados dos demais trabalhadores.
Justiça quer continuidade das negociações
O Sindicato afirmou, durante a audiência desta quinta (4), que os trabalhadores, massivamente, rejeitaram a proposta da empresa. A entidade voltou a afirmar as vantagens do plano de saúde da Fundação Cesp quanto à cobertura médico-hospitalar, ao fato de ser um plano auto gestor com participação do trabalhador, de os aposentados estarem inseridos em cinco planos distintos e ainda de ser pós-pago.
O Sindicato destacou ainda que a Enel Distribuidora São Paulo (Eletropaulo), que havia migrado para o Bradesco Saúde, voltou para a Fundação Cesp, com 22 mil trabalhadores ativos e seus dependentes. A exemplificação foi para mostrar as dificuldades encontradas por trabalhadores do setor elétrico quanto ao plano.
Resultado da audiência
Diante da falta de consenso, a desembargadora vice-presidente Tereza Aparecida Asta Gemignani propôs a apresentação de documentação e estudos comparativos entre os dois planos de saúde. Tanto o Sindicato quanto a empresa têm até o próximo dia 10 para apresentar esse comparativo junto ao TRT.
A partir daí, as partes terão até 15 de julho para se manifestar quanto à possibilidade de conciliação, podendo requerer a designação de uma nova audiência. Caso não haja, haverá o arquivamento junto à Justiça do Trabalho.
Trabalhador, aguarde os próximos encaminhamentos. Porque…
…Só a luta te garante!