4ª Reunião Executiva do Sinergia CUT: o grande desafio da liberdade sindical

Roberto Claro

Débora Piloni

O trabalho incansável dos sindicatos e Centrais Sindicais a partir de já tem que ser ousado para barrar a vontade política do atual governo de enfraquecer a organização sindical

Foto: Roberto Claro

“Cá estamos novamente para debatermos nossa realidade diante da atual conjuntura política, às portas de uma possível reforma sindical e das mudanças que estão por vir, para darmos andamento às nossas eleições sindicais 2020. Nossa missão é aprimorar o Projeto Sinergia a partir deste cenário” desafiou Deise Capelozza, vice presidenta do Sinergia CUT e presidenta do Sinergia Gasista ao abrir a 4ª Reunião de Direção Executiva do Sinergia CUT, realizada nesta última terça-feira (29), em Campinas.
A reunião dos dirigentes sindicais começou às 9h30 e o tema de discussão principal do dia foi a Reforma Sindical que o governo de Bolsonaro pretende realizar, assunto exposto pelo comentarista político e atual assessor da Secretaria Sindical Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) José Lopez Feijóo. Feijóo é ex-metalúrgico da Ford, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e teve participação direta na fundação do Sinergia CUT.

Foto: Roberto Claro

Segundo Feijóo, o governo federal criou recentemente o GAET (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) que, através do secretário Geral da Previdência e Trabalho Rogério Marinho, terá o dever de apresentar um texto como proposta de reforma que pode ou não ser o texto do governo. “Entre as propostas que estão sendo desenvolvidas pelo grupo estão o fim da unicidade, que impede a criação de mais de um sindicado por categoria, em uma cidade, estado ou região”, contou o assessor.
Depois de debater com os dirigentes sindicais presentes sobre o sinal amarelo aceso depois da criação do GAET e as propostas de mudanças na legislação trabalhista, desta vez com foco na estrutura sindical, Feijóo alertou que o desafio da CUT e das demais centrais sindicais agora é conseguir discutir os reais objetivos desse grupo e o andamento das propostas de reforma sindical do Executivo e no Congresso.
“Teremos que ter ousadia. Estaremos atentos e trabalhando incansavelmente no sentido de garantir a livre organização dos trabalhadores e a sustentação das entidades sindicais”, concluiu.