Estagnação na América Latina leva desemprego de jovens ao maior nível em 20 anos

Cesar Itiberê / Fotos Públicas

Redação CUT

Organização Internacional do Trabalho acende sinal de alerta sobre o presente e o futuro de “milhões de jovens que não encontram oportunidades”. Um em cada cinco busca ocupação e não encontra
O desemprego entre os menores de 25 anos tornou-se “um traço estrutural das economias”, segundo o Panorama Trabalhista da América Latina e Caribe, publicado nesta terça-feira (28) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), revela matéria de Ignacio Fariza, do El País.
De acordo com a matéria, os sinais de alarme são muitos e vão desde a taxa de desocupação juvenil que cresceu 0,3 ponto percentual em 2019, chegando a 19,8%, o triplo da média da população adulta. Isso significa que 1 em cada 5 menores de 24 anos que procuram trabalho não encontra. E mais, a maioria dos que estão sendo contratados enfrenta condições precárias: informalidade, salários baixos em relação ao custo de vida, escassa estabilidade no emprego e quase nula oferta de programas de formação por parte dos empregadores.
O emprego juvenil se caiu em 11 países que representam quase 90% da força de trabalho ocupada na região – Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Vivem na região 110 milhões de pessoas na faixa dos 15 aos 24 anos, uma cifra que triplicou desde a década de 1950. E esses jovens, apesar de terem recebido mais educação que as gerações anteriores – em boa medida porque nasceram e cresceram numa época marcada pelo crescimento econômico, enquanto durou o boom das matérias-primas -, enfrentam uma inserção no mercado caracterizada por “uma elevada precariedade”. Dos que trabalham, 6 em cada 10 atuam na informalidade e 22% nem estudam nem trabalham, “uma situação que é ainda mais crítica entre as mulheres”, dia a reportagem do El País.
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