Saiu na Imprensa: “Não vejo razão para mudar plano de privatização, diz presidente da Eletrobras”

Por Rodrigo Polito, Valor — Rio

Por Rodrigo Polito, Valor — Rio –

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, afirmou nesta terça-feira não ver motivos para uma eventual mudança no plano de privatização da companhia. O plano, de acordo com projeto de lei (PL) na Câmara, prevê a capitalização da empresa, em que a União teria sua participação reduzida para menos de 50% e o controle da companhia seria pulverizado.

“Não vejo nenhuma razão para mudar o projeto. Acho que esse é o melhor projeto mesmo”, disse o executivo, em transmissão na internet promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) do Rio.

Segundo ele, diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, provavelmente o PL será apreciado no Congresso no fim do ano, diante de outras prioridades mais urgentes do governo e do legislativo neste momento.

Com relação ao isolamento social, Ferreira disse esperar que o retorno ocorra a partir de meados de maio, de forma gradativa e seletiva. Ele, no entanto, garantiu que “durante a crise, não faltará energia”.

O presidente da Eletrobras disse ainda acreditar que a saída do país da crise, após o isolamento, será pela infraestrutura. “Não tenho dúvida de que, para o Brasil, a saída da crise é pela infraestrutura. Temos que criar perspectivas de emprego para a população”.

A Eletrobras não registrou inadimplência em seus contratos firmados com distribuidoras de energia até o momento, afirmou.

“Até o momento não registramos nenhuma inadimplência em nossos contratos”, disse.

O executivo disse apoiar uma solução de suporte financeiro às distribuidoras de energia, em estudo pelo governo, para evitar que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus afete o fluxo de pagamento do setor elétrico.

Segundo Ferreira Junior, a empresa recebeu pedidos de alguns consumidores livres para negociar termos de contratos de fornecimento de energia.

“Não tivemos [notificação de] força maior por nenhum deles [consumidores livres], mas tivemos uma demanda para negociar”, disse o executivo.