Pandemia

Brasil é o sexto país do mundo com mais mortes por Covid-19, ultrapassou a Bélgica

Total de pessoas infectadas chega a 125.218 mil. Em pelo menos quatro estados, 90% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva destinados ao tratamento de pacientes em estado grave estão ocupados

Edson Rimonatto/CUT

Redação CUT

O Brasil bateu um novo recorde de mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, e se tornou o sexto país do mundo com mais vítimas fatais da doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA). Em apenas 24 horas foram registradas 615 mortes de brasileiros, elevando o total de óbitos no país para 8.536. A Bélgica, que tem 8.339 óbitos, foi para o sétimo lugar. 
Os cinco primeiros países com mais óbitos são EUA (72.617), Reino Unido (30.150), Itália (29.684), Espanha (25.613) e França (25.538).
O estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (6) a marca de 3 mil mortes em decorrência da doença, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. O governador João Doria (PSDB) decretou luto oficial em todo o estado de São Paulo a partir de hoje (7). São 3.045 óbitos e 37.853 casos confirmados.
O avanço do contágio pressiona o sistema de saúde de vários estados. Pelo menos quatro deles já têm mais de 90% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento de pacientes mais graves ocupados.
Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Roraima são os estados que estão em situação de alerta máxima com taxas de ocupação de vagas de UTI estaduais que variavam entre 100% e 93% na segunda-feira (4) – o número muda diariamente, de acordo com a liberação de leitos por alta médica e mortes.
Assim como o Maranhão, o Pará decretou lockdown, confinamento obrigatório, nesta quinta-feira (5), mas ainda houve registro de grande movimentação nas ruas de Belém, assim como nesta quarta, primeiro dia de lockdow em São Luís e três cidades vizinhas, a movimentação nas periferias ainda foi grande.
Ceará, Amazonas e Rio de Janeiro são os estados que podem aderir ao isolamento total para conter o avanço do novo coronavírus.
Outro problema que tem preocupado as autoridades de saúde é o avanço da doença para os municípios pequenos. No Amazonas, o vírus chegou em 88% dos municípios do estado, apesar das longas distâncias, poucas estradas e decreto que proíbe o transporte por rio durante a pandemia. Na região, os rios são o principal meio de locomoção em grande parte das cidades, e a suspensão do transporte não foi suficiente para impedir que o vírus chegasse a localidades mais distantes.
Das 62 cidades do estado, 54 registram casos da Covid-19. Cerca de 14 cidades do Amazonas está entre as 20 do País com maior incidência e 13 das 20 cidades com maior mortalidade pela doença estão localizadas no Amazonas.
A Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu a reabertura das atividades comerciais não essenciais no Distrito Federal, que estava prevista para a  próxima segunda-feira (11).
A juíza Kátia Balbino de Carvalho, titular da 3ª Vara Federal Cível, acatou um pedido do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público do Distrito Federal, que entraram com uma ação civil pública na semana passada contra a retomada das atividades em Brasília.
SP anuncia ampliação de rodízio de carros na cidade para evitar lockdown
A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (7) que vai limitar a circulação de carros na cidade por meio de um esquema de um rodízio mais restritivo a partir de segunda-feira (11). A medida foi anunciada na manhã desta quinta-feira (7) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).
Os carros com placas de final par só poderão rodar em dias pares e veículos com final ímpar, nos dias ímpares. A medida vale para toda a cidade, durante 24 horas, inclusive sábados e domingos.
Taxa de ocupação de leitos de UTI
No Amazonas, 89% dos leitos estão ocupados em todo o estado, Ceará – 90% em todo o estado, Espírito Santo – 83%, Maranhão – 96,89% em todo estado, Pará – 84%, Pernambuco – 98% em todo estado em 29/4; além disso, 99% dos leitos de UTI da rede pública dedicados aos pacientes infectados pelo novo coronavírus também estão ocupados.

Escrito por: Redação CUT