Pandemia e solidariedade

Mais de 300 parlamentares apelam ao FMI para cancelar dívida de países pobres

Países não podem arcar com “dívidas insustentáveis” em meio ao combate ao novo coronavírus, afirma o ex-candidato democrata Bernie Sanders. 11 brasileiros assinam o documento

Reprodução

Além de Bernie Sanders, assinam o britânico Jeremy Corbyn e o francês Jean-Luc Mélenchon

Redação RBA

 
São Paulo – Centenas de parlamentares de diversas nacionalidades apelaram nesta quarta-feira (13) para que o FMI e ao Banco Mundial cancelem dívida e forneçam auxílio financeiro para os países mais pobres, como resposta à pandemia de coronavírus. A iniciativa partiu do senador Bernie Sanders, que estava na disputa pelo Partido Democrata para disputar as eleições presidenciais nos Estados Unidos, e do seu colega de partido Ilhan Omar, representante do estado de Minesotta.
Sanders afirmou que não se trata de uma “proposta radical”, mas o mínimo que as instituições financeiras devem fazer neste momento. “Diante de uma pandemia horrível e de uma recessão mundial, não podemos permitir que os países pobres dediquem dinheiro que deveria ser usado para proteger a saúde e a segurança de seu povo para pagar dívida insustentável”, disse o senador.
O documento é apoiado por parlamentares de diversos países, do México à Nova Zelândia, como o ex-candidato à presidência da França Jean-Luc Mélenchon, o ex-líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn e a deputada chilena (PS) Maya Fernandez Allende, neta do ex-presidente Salvador Allende.
No Brasil, endossam o pedido de anistia da divida ao FMI e Banco Mundial o senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Rinaldo Calheiros (PCdoB-PE), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Professora Marcivânia (PCdoB-AP) Erika Kokay (PT-DF), Luiza Erundina (Psol-SP), Marcelo Freixo (Psol-RJ) e Áurea Carolina (Psol-MG).

Por Redação RBA