Cultura

Luta dos professores chega aos cinemas dia 15 no filme “Abraço”

Longa fala sobre resistência dos educadores em Sergipe, mas também sobre aspectos da atuação sindical brasileira

Divulgação

Vanessa Ramos - CUT São Paulo

Retrato da resistência popular, da luta do movimento sindical e estudantil contra a desvalorização da educação e dos professores, com cenas que trazem à tona o debate sobre o machismo, o racismo, a unidade, a resiliência e o cotidiano de trabalhadores e trabalhadoras.
O filme “Abraço – A única saída é Lutar”, com direção de DF Fiuza, fala sobre este universo. O longa será lançado no dia 15 de outubro nos drive-ins, cinemas selecionados e no cinema virtual e, a partir do dia 29, será distribuído em plataformas digitais (Apple Tv, Google Play, Now, Looke, Vivo Play e Youtube Filmes) pela O2 Play Filmes.
Vencedor de um importante festival de cinema no Brasil, o Cine PE, com o prêmio “Filme” (Júri Popular), Abraço fala sobre a luta dos professores em Sergipe com o governo, a fim de garantir direitos alcançados pela categoria. Na história, 30 mil professores de todas as partes do estado deixam suas escolas para viajar até Aracaju, capital sergipana, em protesto pela valorização diante de um Judiciário prestes a votar pelo fim da carreira do magistério.
O filme, entre outros aspectos, também mostra a atuação de lideranças sindicais e o cotidiano dos trabalhadores ao retratar, entre uma cena e outra, a vida de uma professora, interpretada pela atriz Giuliana Maria, que precisa lidar com um marido contrário à luta popular e enfrentar práticas machistas que encontra em seu dia a dia.
Para o diretor DF Fiuza, Abraço é um filme sobre “resistência, mas, acima de tudo, é um filme sobre união, sobre a força que tem a coletividade. Eu tenho ouvido muitos relatos de pessoas depois de assistirem ao filme, elas dizem que o filme é uma convocação para a resistência, que o filme faz com elas olhem para elas mesmas e se pergunte: e eu, o que eu estou fazendo?”, comenta.
Segundo Fiuza, esta é a primeira vez que um filme de ficção é realizado com recursos da classe trabalhadora e chega aos cinemas para o grande público. O longa metragem teve patrocínio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) e parceria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da CUT.
“O apoio aos fazedores de cultura e à produção nacional deve ser cada vez mais fortalecido pelo movimento sindical, mostrando os bastidores da luta da classe trabalhadora e as barreiras impostas no campo jurídico e pela disputa política, ainda mais neste momento em que vivemos a retirada de direitos pelo governo Bolsonaro. Abraço só reforça o quanto é necessário valorizar a arte como forma de retratar as resistências”, afirma o secretário de Cultura da CUT-SP, Carlos Fábio.
Veja o trailer
https://www.instagram.com/p/CF-aSOpgFoH/?utm_source=ig_embed
Filme Abraço, 2019, drama
Ficha Técnica:
Escrito e dirigido por:
DF Fiuza
1º Assistente de direção
André Srur
Produtores
Manú Santiago
Kaippe Reis
Kika Medeiros
Priscila Costa
Leila Moraes
Dilson do Nascimento
Produção executiva
DF Fiuza
Marcela da Costa
Direção de produção
Marcela da Costa
Direção de arte
Laura Carvalho
Direção de fotografia
Jorge Monclar
Casting
Jorge Lins
Música original
André Abujamra
Eron Guarnieri
Som direto
Marcello Benedictis
Mixagem
Julian J. Ludwig
Figurino
Ticiana Siqueira
Cabelo e maquiagem
Uedja Carvalho
Montagem
Bruno Miod
Fabiana De Freitas
Inagê Kaluanã
 

Escrito por: Vanessa Ramos – CUT São Paulo