A atividade, organizada pela Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT-SP, contou com a presença de Victor Pagani, do Dieese-SP, que reforçou que o desmonte dos direitos trabalhistas agravou a pandemia
Nesta quarta-feira (28) aconteceu a plenária do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho. O evento, organizado pela Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT-SP, teve a participação do secretário da pasta, o químico José Freire, e do supervisor técnico do escritório regional do Dieese-SP Victor Pagani. A atividade e foi parte da agenda de lutas do 1º de Maio da CUT-SP.
“Esse dia é de vital importância pois o trabalho é um determinante social imprescindível e precisamos pensar não somente em uma remuneração digna, mas que também seja um ambiente seguro”, lembrou o secretário José Freire.
A pandemia do coronavírus foi a pauta central do encontro. Foi lembrado que o Brasil já atingiu mais de 395 mil mortes em pouco mais de um ano e que o governo Bolsonaro agiu de forma negacionista e não garantiu a compra vacinas ainda em 2020.
O supervisor técnico do escritório regional do Dieese-SP Victor Pagani apontou que a pandemia é um ponto a ser levado em consideração com o aumento de casos de adoecimento no trabalho no ano passado, mas ela é agravada pelo desmonte do papel social do estado que vem desde depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e que se radicaliza com Jair Bolsonaro.
“Essas reformas, cujo sentido é o desmonte do papel social do Estado, agrava a situação da pandemia. A precarização do trabalho traz riscos à saúde do trabalhador, pois desresponsabiliza a empresa em relação a saúde de integridade física de seus funcionários”, ponderou.
Ele também reforça que nesses tempos de pandemia o adoecimento mental dos trabalhadores e das trabalhadoras aumentou por conta da insegurança econômica e do home office. “Hoje estamos vendo casos de depressão e estresse aumentando por conta do home office. Fora a insegurança econômica, hoje você não vê mais distinção do que é trabalho e lazer. Você está sendo cobrado o dia todo de forma virtual”, explicou.
Por Bruno Pavan, da Redação CUT-SP