Voltou a subir

Taxa de transmissão de Covid-19 volta a subir no Brasil, alerta Imperial College

Segundo a universidade britânica, a taxa desta semana (1,04) é bem maior que a da semana passada, quando estava em 0,68

Rovena Rosa/Agência Brasil

Redação CUT

O Brasil registrou um aumento significativo na taxa de transmissão do novo coronavírus, chamado de Rt, que está em 1,04, ou seja, voltou a subir, segundo o monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido. Isso quer dizer que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 104.

Na semana passada, o índice estava em 0,68, menor índice desde abril de 2020. Agora, retorna ao patamar de alto contágio, o que representa qualquer número acima de um.

A taxa de transmissão é uma das principais referências para se acompanhar a evolução da pandemia no país. Por ser uma média nacional, o Rt não indica que a doença esteja avançando nem retrocedendo da mesma forma nas diversas cidades, estados e regiões do país.

Além disso, a universidade britânica, que não estima dados relativos ao atraso nas notificações e ao período de incubação do vírus, afirma que a precisão das projeções pode variar de acordo com a qualidade da vigilância e dos relatórios de cada país.

No dia 12 de outubro, o Brasil chegou à taxa 0,60, o menor índice desde abril de 2020, no começo da pandemia. No mês de setembro, a universidade relatou duas semanas acima de 1. Já em outubro, as semanas tiveram números que indicavam desaceleração no ritmo da pandemia. 

Alerta dos especialistas

Mesmo com o avanço da vacinação, especialistas alertam que é preciso continuar usando máscaras para evitar a disseminação do vírus e, que, os imunizantes evitam sim casos graves, hospitalizações e mortes, mas as pessoas podem ainda se contaminar.

O aumento na taxa de transmissão pode servir de alerta já que estado como cidades o Rio de Janeiro e Distrito Federal aboliram o uso de máscara em locais públicos e abertos.

Países que tiveram um alto índice de pessoas vacinadas continuam enfrentando uma forte onda da pandemia, que já atinge diversos países da Europa, da América do Norte, além de Rússia e China. Os motivos vão desde ao baixo índice de vacinação contra a doença ao aumento de circulação de pessoas em países com imunização avançada, como Canadá e Inglaterra.

No Brasil, de acordo como Departamento de informática que centraliza informações do Sistema Único de Saúde (DataSus), tem 121 milhões de pessoas completamente vacinadas, o que representa 56,7% da população imunizada. Com a primeira dose, já são 155,2 milhões de brasileiros, 72,7% da população nacional. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 213,3 milhões de habitantes.

Dados da pandemia no Brasil

O país registrou em 24 horas uma média móvel abaixo de 270 óbitos pela primeira vez desde o final de abril de 2020. De acordo com dados do consórcio de imprensa, foram registradas 164 mortes entre segunda e terça, e a média ficou em 261 óbitos. Essa é a menor média desde 26 de abril de 2020, quando ela foi de 258 óbitos.

O total de óbitos pela doença no Brasil chegou a 608.118. O número é o terceiro maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 768,8 mil óbitos, e da Índia, com 459,2 mil mortes pela doença.

O Amapá não registrou mortes. Vale lembrar que aos domingos, segundas e feriados, os dados da pandemia costumam ser menores, por atrasos de notificação nas secretarias de saúde, que, nesses períodos, têm a força de trabalho reduzida.

Escrito por: Redação CUT