SINERGIA CUT CONQUISTA 20% A MAIS COMO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE NA ENERGISA

Apesar da incorporação dos 30% do adicional aos salários, quando do agrupamento das empresas, Sindicato não desiste de mais 30% para operadores que continuam trabalhando em área de risco

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Lílian Parise

Apesar da incorporação dos 30% do adicional aos salários, quando do agrupamento das empresas, Sindicato não desiste de mais 30% para operadores que continuam trabalhando em área de risco

Depois de várias negociações, idas e vindas desde agrupamento das cinco empresas do Grupo Energisa no estado de São Paulo, em 2017, o Sinergia CUT acaba de garantir o aumento de 10% para 20% no adicional de periculosidade para os Operadores de Manobras, atualmente todos na base do Sinergia Prudente.

Um avanço significativo desde o agrupamento das empresas na Energisa Sul-Sudeste e quando, na época, todos os Operadores de COD passaram para o novo cargo, com a incorporação aos salários dos 30% recebidos como adicional de periculosidade. Apesar disso, e da troca da nomenclatura do cargo, passaram a não mais receber o adicional, mas continuaram a exercer a função em ambiente perigoso e de risco.

Começaram então, há cerca de cinco anos, as negociações da bancada sindical com os representantes da Energisa para garantir a volta do adicional de periculosidade para esses companheiros até que a empresa topou pagar mais 10% adicionais aos salários.

Luta pelos 30% continua

Ainda era pouco. E o Sindicato continuou insistindo no reconhecimento da função perigosa e na volta do pagamento integral do adicional, que legalmente deve ser de 30% a mais em cima da remuneração total. A resposta da empresa chegou na última quarta-feira (23), com aprovação parcial da proposta, ampliando para 20% o adicional de periculosidade para todos os atuais Operadores de Manobra.

Já é um avanço, garantido pela insistência do Sindicato em reconhecer o papel fundamental que esses trabalhadores exercem na prestação de um serviço essencial à população, monitorando e coordenando vidas em redes energizadas. Mas, para os dirigentes sindicais é preciso avançar mais.

A direção do Sinergia CUT aguarda agora a formalização da proposta para assinatura do Termo Aditivo ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). “Mas a negociação continua e, para além dos 20% conquistados, também vamos continuar insistindo na reivindicação do pagamento de 30% do adicional de periculosidade para todos até o ano que vem. Nossa luta também continua”, afirma Elvira Zanoni, presidenta do Sinergia Prudente.

Por Lílian Parise