INTERSINDICAL REALIZA PRIMEIRO SEMINÁRIO NACIONAL

Dirigentes das maiores empresas do Grupo se reuniram em Salvador para fortalecer ainda mais a organização dos trabalhadores da holding

Fonte: Jornal da Intersindical Neonergia

Sinergia Campinas participou ativamente do  seminário com cinco dirigentes: Claudinei Ceccato, Luiz Carlos dos Santos, José Alvim, Ricardo Carneiro e Marcelo Fiorio

Escrito por: Idyane França, Iza Xavier e Jeam Cláudio. Coordenação José Fernandes (Sintern)

Um marco histórico para organização dos trabalhadores do Grupo Neoenergia. Assim podemos definir a realização do primeiro seminário nacional, realizado em Salvador, nos últimos dias 26 e 27 de julho. Na oportunidade, dirigentes sindicais da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Campinas e Brasília, avaliaram e debateram os principais itens da organização sindical, inclusive os benefícios e as especificidades de cada base.

O Seminário trouxe temas importantes para avaliação, entre eles: a forma de distribuição da PLR, os modelos de planos de saúde e os principais benefícios dos acordos de cada empresa. “Nossa ideia é unificar a luta e a organização sindical, respeitando as especificidades de cada base, mas tendo como foco o melhor para o conjunto dos trabalhadores”, explicou o coordenador da Intersindical, José Fernandes.

Importante destacar a importância da unidade entre os dirigentes sindicais para conseguir avançar nas conquistas. Caminhar juntos, respeitando as diferenças, é sempre a melhor forma de manter-se forte. A bancada patronal atua de forma unificada. Nós trabalhadores precisamos ter a mesma consciência e, apesar das adversidades que surgem, devemos ter sabedoria para unificar sempre a luta. A história mostra que quando a unidade é respeitada os resultados são sempre melhores. A Intersindical prova isso. #JuntosSomosSempreMaisFortes!

PLANO SAÚDE

Considerado como o nosso maior benefício, o Plano de Saúde teve seus modelos analisados durante o Seminário. A questão geográfica e do perfil dos trabalhadores fazem as empresas do grupo adotarem formatos diferenciados.

De um modo geral, esse é um tema sensível, sobretudo pelo fato de envolver os aposentados e demais dependentes.

O objetivo da discussão é inicialmente de conhecer os modelos existentes, as diferenças entre os formatos, os pontos positivos e negativos entre eles. “Essa temática é sempre muito complexa. Exige de nós muita sabedoria e conhecimento para discutir. Se avaliarmos que há oportunidade para melhorias coletivas, vamos buscar através de um processo cauteloso, gradativo e responsável. Nosso foco será sempre a preservação dos planos, a garantia de bons serviços e continuidade dos beneficiários no plano”, destacou o coordenador, José Fernandes.

PLR

Fruto de uma intensa luta dos dirigentes sindicais, a forma de distribuição da PLR evoluiu consideravelmente nos últimos anos. Na avaliação dos dirigentes, é preciso garantir equilíbrio e equidade. As últimas tentativas de mudança mostram uma tentativa de retrocesso no formato alcançado. “O ingresso de novos trabalhadores, a metodologia, além da definição de objetivos e metas exequíveis são pontos que os dirigentes devem se debruçar nas próximas discussões. Nesse processo, o seminário representa um ponto de partida”, explica o diretor do Sindurb, Nilvaldo Costa. Segundo ele, com a formação da Intersindical ficou facilitado o trabalho da PLR nas três empresas. Melhorando mais a compreensão e a questão da formação dos objetivos.

ACORDOS

A análise dos acordos coletivos de cada empresa sucinta nos trabalhadores uma expectativa de unificação de melhores benefícios. Apesar desse ser o desejo dos dirigentes sindicais, é preciso levar em conta todo um processo de construção específico de cada ACT. “Existe por traz de cada um benefício alcançado uma longa história de luta. Cada acordo é fruto de uma luta histórica. Não podemos, portanto, alimentar a expectativa de que iremos unificar tudo como num passe de mágica”, esclarece o diretor do Sinergia, Dailton Cerqueira. O objetivo inicial é sabermos como cada empresa contempla os seus trabalhadores, como alguns avanços foram obtidos ao longo da história e como podemos avançar coletivamente nas principais questões comuns. É um processo que se inicia e ainda vamos caminhar muito para equilibrar a relação capital x trabalho em todas as empresas do grupo.

DIRIGENTES AVALIAM IMPORTÂNCIA DO PRIMEIRO SEMINÁRIO NACIONAL

CLAUDINEI CECCATO, DIRETOR DO SINERGIA CAMPINAS – Nós, trabalhadores energéticos de São Paulo, representados pelo SINERGIA Campinas e a direção aqui presente nesse primeiro Seminário de integração dos sindicatos na Intersindical Nacional Neoenergia é muito importante, representativo e organizativo. Até porque nós fomos privatizados no começo de 1997. As empresas de São Paulo, a Elektro especificamente, em 1998. Nesse âmbito, nós tivemos um saldamento inclusive do plano de previdência, nós tivemos a manutenção de cláusulas de proteção de emprego. Todo esse período foi de muita luta, de muita ousadia e muita resistência. Com a chegada da Neoenergia, em 2018, é fundamental estarmos participando dessa integração. Nós vamos poder ter umaestratégia melhor entre todas as entidades sindicais. Vamos poder organizar melhor a luta dos trabalhadores. Podemos ter o maior sentimento de organização de categoria, não a nível estadual, mas a nível nacional, inclusive, futuramente pensando em mobilizações, paralisações e outros movimentos necessários. Não apenas no estado de São Paulo, mas no Brasil como um todo. Juntando todas as empresas do Grupo Neoenergia. Isso é fundamental! Quem vai ganhar com isso são as entidades sindicais pela grande capacidade e ousadia, pela responsabilidade que tem. Mas quem ganha muito mais são os trabalhadores, a categoria, a base.

PEDRO DAMÁSIO, DIRETOR DO SINTERN – É muito importante esse primeiro Seminário entre os sindicatos que defendem e representam os trabalhadores da Neoenergia. Agora nós vamos nos tornar mais fortes. Nós estamos agregando mais dois sindicatos. Temos uma Intersindical com o Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia e agora está chegando os valorosos companheiros da Elektro Campinas – SP e os companheiros do Distrito Federal, que a empresa foi adquirida pela Neoenergia. Então, nós vamos partir para discutir com a empresa com os sindicatos juntos todos os assuntos que interessam os trabalhadores.

RODRIGO MESSIAS – STIU-DF – Muito importante esse encontro com os parceiros do Nordeste da Intersindical Neoenergia para poder, realmente, fortalecer a luta. Nós do STIU-DF representamos a antiga CEB Distribuição, que agora quem adquiriu foi o Grupo Neoenergia. Com essa união, estamos chegando novos nesse Grupo. Esse encontro com esses novos parceiros, novos companheiros de sindicatos, que já tem uma história de negociações com a Neoenergia será muito importante para fortalecer nossa luta dentro do Distrito Federal, em especial pelo fato de nossa luta nesses últimos anos não ter sido muito fácil. Agora, com a ajuda desses companheiros do Rio Grande do Norte, da Bahia, de Pernambuco e de São Paulo, unificando as forças, falando uma só língua podemos, realmente, trazer o melhor para os trabalhadores eletricitários. Vai ser muito bom! Agora vamos falar uma língua só. E unificar a luta.

PING-PONG COM O PRESIDENTE DA CNU

Paulo de Tarso é o atual Presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU) e diretor do Sinergia Bahia. Foi um dos grandes idealizadores da Intersindical Neoenergia. Participou dos principais momentos de luta, articulando a unidade entre os sindicatos. Paulinho, como é carinhosamente chamado pelos demais dirigentes, tem colaborado politicamente no fortalecimento e na ampliação da Intersindical. Confira nossa entrevista com ele.

1 – Qual a importância deste evento para os trabalhadores do Grupo Neoenergia? Este Seminário significa o fortalecimento da nossa luta. Fazemos parte da mesma família. Existe, portanto, uma tentativa nossa de melhorar as condições existentes, como referência as que tiverem situadas em melhores aspectos. Um ponto positivo é que já existe uma intersindical hoje no Nordeste e agora estamos agregando a região Centro-Oeste com a CEB de Brasília e a Elektro, em São Paulo. Então é um encontro de fortalecimento do movimento sindical dos trabalhadores do grupo Neoenergia.

2 – A Intersindical é uma referência de organização política sindical. Quais são os principais fatores que fizeram a Intersindical dar certo? Primeiro, a consciência dos sindicatos que a unidade faz o fortalecimento, faz avançar na luta. E temos prova disso com as conquistas adquiridas ao longo desses dez anos. Pelo menos aqui com a Intersindical Nordeste. A compreensão dos sindicatos da melhora da qualidade dos benefícios, das reivindicações. E a compreensão, também, de uma flexibilidade dos sindicatos em procurar consensos que fortaleçam o nosso pedido, o pleito dos trabalhadores. São os fatores que levaram o fortalecimento do sucesso da Intersindical Nordeste.

3 – Como manter a unidade numa organização que tem diferentes culturas e especificidades em suas bases? No primeiro momento nós temos que pensar que tudo isso é um processo de crescimento e desenvolvimento. Sabemos que as empresas têm realidades diferentes, culturas diferentes, mas a gente tem que começar a unidade pelos aspectos que somam, acrescentam e que nos unificam. Aos poucos esse processo vai ampliando, não vai ser de uma hora para outra que vamos ter benefícios e vantagens iguais. Isso é um processo de construção. Vamos dar os pequenos passos, por exemplo: a unificação da data-base é um passo importante para conseguirmos unificar as pautas. Mantemos uma pauta comum, como já existe hoje na Intersindical Nordeste. Então, eu acredito que essa unificação da pauta pode ser o primeiro passo para atrair e constituir a unidade dos trabalhadores da CEB e dos trabalhadores da Elektro, juntamente com a Intersindical Nordeste. Uma pauta comum como a que já existe entre o SINTERN, SINERGIA-BA e o SINDURB-PE.

4- Quais os próximos passos da Intersindical? Acho que daqui para frente é tentar essa data-base comum. A socialização das informações com os principais itens dos acordos coletivos, plano de saúde, previdência privada, as participações de lucros e resultados. Tentar unificar os acordos aos poucos, cada um com sua pauta. Esses passos têm que ser procurados em continuidade desses encontros e reuniões que virão acontecer ao longo dos próximos meses. A Intersindical tem como objetivo principal fortalecer a luta dos trabalhadores do grupo Neoenergia. A empresa cresce, a empresa ganha seus lucros, e nós também temos que reivindicar melhores condições de trabalho e de renda para os trabalhadores do grupo Neoenergia.

5 – O que os trabalhadores do Grupo podem esperar para os próximos anos ? Vantagens nas nossas lutas, vitórias e mais vitórias. Porque nós não falamos agora como uma única empresa. Estamos falando dos trabalhadores de todas as empresas de distribuição do grupo. Então, hoje, a Intersindical Nacional está representando 15.000 trabalhadores. Isso vai fortalecer com a política de cada estado, com a participação das assembleias legislativas no Congresso Nacional, nos governos. Um processo de unidade que vai com certeza gerar resultados positivos para todos os trabalhadores do grupo Neoenergia.

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Jornal da Intersindical Neonergia

Escrito por: Idyane França (MTB 2087/RN), Iza Xavier (MTB 3952/PE) e Jeam Cláudio (MTB 2806/BA).

Coordenação: José Fernandes (Sintern)