Dirigentes do Sinergia CUT aproveitaram a visita do ministro da Previdência, Carlos Lupi, na sede da CUT, em São Paulo, na tarde desta segunda (30), para entregar um dossiê que denuncia ataques à previdência complementar dos trabalhadores do setor elétrico, feitos pela Vivest (antiga Fundação Cesp) e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Antes, foi a vez da CUT fazer a entrega de um documento que lista 11 pontos da pauta imediata e urgente da previdência pública, em especial, para debate no Fórum Trabalho e Previdência.
O dirigente Gentil Teixeira de Freitas, responsável pelo Coletivo dos Aposentados do Sinergia Campinas, informou que o ministro Lupi se comprometeu a se reunir com os dirigentes para tratar dos assuntos do dossiê, que elencou, entre outros assuntos, a retirada de patrocínio, a migração, a gestão da Vivest e as recentes alterações de resoluções por parte da Previc. Todas essas mudanças, sejam nos planos ou nas normas, segundo ele, têm prejudicado os participantes dos planos, ou seja, os trabalhadores.
Para essa conversa, a ser agendada e a ser realizada em Brasília com o Sindicato, o ministro disse aos dirigentes sindicais que chamará o secretário de Previdência para que possa auxiliar nas questões de direitos adquiridos, previstos em acordos coletivos, contratos, confissão de dívidas e até nos editais de privatização. A Vivest é um fundo de pensão que reúne patrocinadoras privadas concentradas no setor elétrico.
“O ministro adiantou que, com relação à Previc, terá um carinho especial porque, no último período, ela foi um saco de pancadas para os trabalhadores”, disse Freitas. Acrescentou que as decisões tomadas por ela, que é um órgão fiscalizador, vêm beneficiando as patrocinadoras. “Por isso, ficamos felizes com esse primeiro contato com o ministro, por demonstrar ter pleno conhecimento do que está ocorrendo. A impressão que nos passa é que a Previc quer levar todos os planos para bancos privados.”
“Este é o momento oportuno para a classe trabalhadora discutir as suas pautas e pressionar um governo democrático, para barrar todas as maldades das empresas e do governo anterior, que retirou direitos e precarizou as condições de vida dos ativos e aposentados”, afirmou o presidente do Sinergia Campinas e diretor de Imprensa e Divulgação do Sinergia CUT, Claudinei Donizeti Ceccato. “As denúncias sobre nossos fundos de pensão já estão em posse do ministro, que se reunirá conosco para tratar do tema com mais detalhes”, disse o diretor Administrativo e Financeiro do Sinergia Campinas, Sidney Mendes da Silva.
Previdência pública
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, foi quem recebeu o ministro Lupi na sede da Central. Foi entregue ao ministro um documento elaborado pela CUT que lista 11 pontos da pauta imediata e urgente para debate no Fórum Trabalho e Previdência. Hoje, mais de 37 milhões de brasileiros dependem da Previdência, 70% desse total ganham um salário mínimo.
Lupi disse aos sindicalistas que quer parceria da CUT e dos sindicatos para garantir a restauração dos direitos da população, após o período da destruição do Estado, iniciado em 2016. Segundo os dirigentes do Sinergia CUT, Sérgio Nobre lembrou da luta feita para eleger um presidente da República democrático e disse estar feliz por receber o ministro da Previdência com o compromisso de recuperar os direitos dos trabalhadores. Leia matéria na íntegra sobre a visita à CUT, clicando aqui.
“Mais salários, mais direitos, mais empregos, mais saúde, mais luta com você!”