AES Brasil Operações:  ainda sobre pendências

O ano está terminando e o Sindicato continua cobrando da empresa que solucione algumas pendências que vêm se arrastando há anos. Algumas respostas apareceram. Confira aqui

Bira Dantas

Débora Piloni, com informações da Secretaria Geral

Finalmente, depois de grande insistência do Sinergia CUT, a direção da AES Brasil Operações se reuniu com os dirigentes sindicais para tratar sobre assuntos que vêm se arrastando há muito tempo sem solução. E desde o término da Campanha Salarial deste ano, o Sindicato tenta agendar uma reunião com a empresa no sentido de encaminhar as pendências existentes, sejam elas sobre descumprimento de acordo coletivo ou sobre condições de trabalho, porém, a empresa, por diversas vezes, adiou tais reuniões.

Finalmente, na última sexta-feira (01), foi possível realizar o encontro. Na ocasião foram destacados alguns pontos para os quais a AES Brasil Operações trouxe resposta. Veja:

  • Manutenção Itinerante: o sindicato reivindica que a equipe de manutenção não tenha que se deslocar ao ponto de o trabalhador ficar, em alguns casos, mais de um ano fora do seu local de trabalho, prestando serviço em outras localidades. Isso só ocorre devido à falta de um planejamento mais adequado e por falta de pessoal.

Resposta da AES Brasil Operações: a empresa informou que fez uma reunião com o grupo de planejamento para que possa “humanizar” essa condição, e não permitir que o trabalhador se ausente do seu local de trabalho por muito tempo para atender uma frente de serviço. Segundo a empresa essa situação será minimizada através de um planejamento mais adequado e contratação de pessoal.

  • Alimentação do pessoal de gestão de reservatórios: os trabalhadores solicitam melhoria nessa questão da refeição, pois não tinham tempo suficiente para retornar ao seu local de trabalho, e a empresa não reembolsava a alimentação que ocorresse a 30/40 km da área do serviço.

Resposta da AES Brasil Operações:  a empresa informou que está retirando a exigência de distância para o pagamento de refeição.

  • Sobreaviso das Usinas do Pardo: o Sinergia CUT solicitou da empresa reiteradamente a adequação do sobreaviso do Pardo por questões de segurança, pois as pessoas se locomovem em longa distância.

 Resposta da AES Brasil Operações: a empresa afirma que essa situação vem sendo monitorada para que seja feita uma adequação para solucionar, o mais rápido possível, os problemas existentes no Pardo. 

  • Falta de técnico de Segurança nas Usinas: o Sindicato realizará uma reunião com o responsável pela área de Saúde e Segurança da empresa para tratar sobre o assunto.
  • Questões de Escala do COGE e falta de trabalhadores: o Sindicato vem reivindicando a normalização da escala e o preenchimento do quadro de trabalhadores para atender a demanda do COGE.

Resposta da AES Brasil Operações: a empresa informou que existe uma determinação para não se descumprir a escala. Esta será mantida para que os trabalhadores tenham folga e não haja excesso de horas extras. Também foi determinado que não será permitido tirar os técnicos de operação para outras funções ou atender outros locais.

  • Vagas / Contratação: o Sindicato vem, há mais de 2 anos, cobrando a empresa sobre o cumprimento do Acordo Coletivo de Operação de Usinas, sem que a mesma faça efetivamente movimento de cobrir todas as vagas que estão estipuladas no Acordo Coletivo nos locais de trabalho. Também vem tentando uma negociação para evitar judicializar o Acordo por descumprimento.

Resposta da AES Brasil Operações: Por mais uma vez, a empresa afirmou que está em processo de contratação, porém, com certa dificuldade para encontrar trabalhadores com perfil adequado para tal função. Ficou de informar ao Sindicato sobre as vagas que ainda estão abertas. “Ficaremos atentos e caso não se resolva de maneira negocial,  não haverá outra solução a não ser entrar na Justiça por descumprimento de acordo”, afirma a direção do Sindicato.

  • PLR: no último mês do ano, a empresa apresentou ao Sinergia CUT a proposta de reajuste do valor da PLR de 2023. Pela proposta da empresa o reajuste aplicado é de 4,25%, segundo ela acima da inflação da data-base junho (3,94%). Nesse reajuste a base da PLR passa de R$ 13.428,80 para R$ 14.000,00.

O Sindicato reivindicou os números apurados até o último mês de outubro para que possa analisá-los e, caso necessário, agendar reunião com a empresa para discutir os resultados apresentados e, se necessário também, debater o expurgo, conforme prevê o ACT.

A direção sindical propôs ainda o agendamento de nova reunião com a empresa para encaminhamento de outros pontos do Acordo Coletivo que estão sendo descumpridos e que precisam ser acertados para o bem de todos os trabalhadores. Fique ligado!

A luta agora é por aumento de salários e direitos!