Sociedade

Quedas de energia no Paraná serão denunciadas à Agência Nacional de Energia Elétrica

Apagões viram pauta de audiência pública e deputados prometem não deixar barato falhas no sistema

Orlando Kissner / ALEP

CUT-PR com informações da ALEP

Um apagão pode representar diversos tipos de prejuízos nos mais variados ambientes. Em casa, nos negócios ou até mesmo, em casos mais graves, na saúde das pessoas. Quando esse cenário torna-se frequente o problema fica ainda maior. Por este motivo, no Paraná, deputados estaduais Luciana Rafagnin (PT), Arilson Chiorato (PT) e Anibelli Neto (MDB) convocaram uma audiência pública, nesta segunda-feira (18), para tratar do tema.

O encontro reuniu especialistas e pessoas afetadas, diretamente, pelas quedas no fornecimento de energia elétrica. As análises vão compor um documento que será encaminhado para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de outros órgãos, como Ministério Público e Tribunal de Contas.

“Faremos denúncia à ANEEL e notificaremos o MP-PR para intermediar uma reunião com a Copel, porque temos direito a uma resposta”, informou a parlamentar, ao lamentar a ausência de representantes da empresa durante a audiência pública. “É um descaso com os paranaenses e com a Assembleia Legislativa. A ausência da Copel aqui é um sinal do lado que ela está”, criticou o deputado Arilson Chiorato, um dos proponentes da audiência pública.

“Foi uma audiência muito positiva no sentido de clarear de forma inequívoca a queda na qualidade do atendimento por parte da COPEL e o descaso com que trata a questão da energia no Paraná. Não compareceu e não se manifestou sobre os questionamentos. Legislativo e Judiciário (ministério público) assumiram o compromisso de atuar pela defesa dos direitos dos consumidores”, explica o professor do Instituto Federal do Paraná (IFPR) Jaci Poly, que é dirigente do Sindiedutec, secretário de cultura da CUT-PR e representou a Central na audiência.

“Levantei, junto com as entidades da agricultura familiar, a necessidade de ações de proteção dos interesses das populações invisibilidades pelo descaso, sem voz para reclamar, especialmente os agricultores familiares e os bairros mais pobres. Minha proposta foi de uma articulação de consumidores para atuar coletivamente via judiciário, Aneel e judiciário, para garantir a qualidade na distribuição da energia, em especial a questão da estabilidade da corrente elétrica e a continuidade no fornecimento. O Senge constatou um aumento considerável de apagões e quedas de energia em todos os setores, bem como o substancial aumento do tempo para os reparos e as respostas para as quedas de energia”, completou.

A deputada Luciana Rafagnin criticou a falta de ressarcimento dos prejuízos causados à população. “ Só no ano passado, a Copel recebeu mais de 28 mil pedidos de ressarcimento. Destes, apenas 7 mil foram atendidos e o restante da população ficou sem esse atendimento”, citou a deputada Luciana Rafagnin. “A energia é um bem essencial para a vida de todo cidadão. Necessária tanto para o trabalho doméstico, até à indústria, ao comércio e à agricultura. São muitas reclamações de agricultores que têm perdido a produção de leite, também na avicultura, piscicultura”, pontuou.