Em São Paulo, a concentração aconteceu pela manhã na Avenida Paulista. Boa parte dos manifestantes vestiu preto, em protesto contra o governo, e entre suas bandeiras destacavam-se a luta por direitos e em defesa da educação e da Amazônia. Vestidos de preto, estudantes gritavam “cara pintada voltou”, fazendo referências aos protestos pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992.
Estudantes também se destacaram na concentração em frente à Torre da TV em Brasília. Nicolas Nascimento, de 20 anos, participou pela 1ª vez do ato. “Este 7 de setembro é um marco pra eles, que defendem tanto a bandeira do Brasil, mas na verdade só querem entregar as riquezas nacionais”, disse, em entrevista ao Brasil de Fato. A deputada federal Erica Kokay (PT-DF) também esteve presente na manifestação e discursou no ato. “Não há soberania nacional e independência verdadeira com Bolsonaro na presidência da República”, disse.
Houve manifestações no interior de São Paulo, em cidades como Campinas e Aparecida. Em Mogi das Cruzes, o ato teve início por volta das 8h50, com discurso do bispo Dom Pedro Luiz Stringhini e às 9h30 foi realizada uma passeata até o Largo do Rosário, na região central.
Na cidade de Fortaleza, manifestantes seguiram da Escola Municipal Frei Tito para a Praça Dom Hélder Câmara, lembrando a tragédia ocorrida em Brumadinho e com palavras de ordem contra os cortes de verbas na educação e pela defesa da região amazônica. Já em Belém o ato teve concentração no Mercado de São Brás, com saída às 10h em caminhada em direção à avenida Presidente Vargas, onde ocorreu o desfile militar. Segundo a organização, 5 mil pessoas participaram do ato na capital paraense.
A primeira edição do Gritos dos Excluídos foi realizada em 7 de setembro de 1995 em 170 do país, uma iniciativa das pastorais sociais da igreja católica. O tema principal se relacionava com o da Campanha da Fraternidade – “Eras Tu, Senhor”, voltado aos esquecidos da sociedade. Também estão programados atos para o período da tarde deste sábado