Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT participa da Marcha das Margaridas 2019

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Nice Bulhões

Caminhada, realizada desde 2000 e que homenageia líder rural assassinada, reúne em Brasília mulheres de todo o país em defesa de direitos. Previsão é reunir pelo menos 60 mil trabalhadoras na Capital
 
O Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT participa da 6ª Marcha das Margaridas, que acontecerá nos dias 13 e 14 de agosto, em Brasília, reunindo as mulheres do campo, da floresta, das águas, da energia e da cidade de todo o Brasil. A iniciativa é uma ampla ação estratégica das mulheres para conquistar visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena. Ela é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).
A coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT, Rosana Gazzola, lembra que a caminhada é antes de tudo uma homenagem à Margarida Maria Alves, líder rural assassinada em 12 de agosto 1983. Na época, era presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB) e foi morta com um tiro no rosto, na porta de sua casa, diante do marido e do filho. “Perdeu a vida porque denunciava abusos contra os trabalhadores por parte dos usineiros da região”, lembrou Rosana.
Do Coletivo participarão ainda da Macha: Deise Capelozza, Magali Marques, Sonia Costa, Rosana Grigoleto, Cibele Granito, Gislene Siqueira e Renata Ribeiro. Segundo elas, o momento é das mulheres lutarem para não perder conquistas históricas, como o que está sendo proposto no projeto da reforma da Previdência, que chegou ao Senado nesta quinta-feira (8) após ser aprovado em dois turnos na Câmara com larga margem. “Temos de nos manter unidas de forma que ninguém solta a mão de ninguém!”, entoaram.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, encaminhou nesta quarta-feira (7) ofício ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em que solicita a adoção das medidas necessárias “para garantir o direito à realização de uma manifestação pública e pacífica, bem como o acompanhamento da Marcha das Margaridas, nela não intervindo salvo para garantir a segurança de suas participantes”. Confira aqui o ofício da Procuradoria.
Só a luta de garante!