São Paulo – O jornal estadunidense The Washington Post escolheu o presidente Jair Bolsonaro como o pior entre os líderes globais no combate à pandemia de coronavírus. Da “gripezinha” às tentativas de minar os esforços dos governadores e do seu próprio ministro da Saúde, passando pela fracassada campanha “O Brasil Não Pode Parar“, as atitudes de Bolsonaro têm contribuído para o avanço da doença no país, segundo a publicação.
O jornal cita que o Brasil ocupa a 14ª posição mundial em número de casos, e a 11ª em mortes por Covid-19, de acordo com ranking elaborado pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Ações sinistras
A publicação lembra que Bolsonaro chegou a editar decreto para retirar dos governos estaduais as competências para restringir a circulação da população. Também tentou incluir igrejas e casas lotéricas como “atividades essenciais” que deveriam seguir funcionando durante a pandemia. “Felizmente”, segundo o jornal, parte dessas medidas vem sendo derrubada pela Justiça.
O jornal também aponta que Bolsonaro vem sendo alvo de constantes panelaços desde o início da pandemia. Apesar dos protestos, a postura negacionista do presidente vem causando “efeito sinistro”, diz o Post, citando que o isolamento em São Paulo, maior cidade do país, caiu para cerca de 50% no último domingo de Páscoa (12).
‘Great favor’
O Washington Post sugere que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faria um “grande favor” ao Brasil se telefonasse ao seu aliado, instando-o a seguir o seu exemplo. Depois de também minimizar o vírus, Trump mudou de orientação, passando a apoiar os esforços de contenção recomendados pelos profissionais da saúde.
Unanimidade
Além do jornal norte-americano, que ficou conhecido por noticiar em primeira mão o escândalo Watergate, que culminou com a renúncia do presidente Richard Nixon, em 1974, Bolsonaro tem sido alvo constante de matérias e editoriais na imprensa estrangeira, por conta das atitudes irresponsáveis diante da pandemia.
Por Redação RBA