Publicado 20/05/2020 – 11h10
A cada dia, é revelado um novo episódio da trama fraudulenta que levou Bolsonaro ao poder
São Paulo – Para o cientista político e integrante do Instituto de Advogados Brasileiros (IAB) Jorge Rubem Folena, as novas revelações sobre a interferência da Polícia Federal (PF) no andamento das eleições de 2018 indicam não apenas a necessidade do aprofundamento das investigações criminais, mas também a necessidade de impugnação da chapa Bolsonaro/Mourão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além das acusações do empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), de que a PF teria vazado informações e adiado uma operação para não prejudicar os objetivos eleitorais da família, o jornal Folha de S.Paulo revelou nesta terça (19) que Flávio repassou R$ 500 mil do fundo público eleitoral para um advogado envolvido no esquema da “rachadinha” comandada pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.
Trapaça
Outros componentes da fraude eleitoral, segundo Folena, são a prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tirá-lo da disputa e os contatos mantidos pelo então juiz Sergio Moro e a campanha de Bolsonaro ainda antes do fim do processo eleitoral.
Há ainda o esquema montado por empresários bolsonaristas com recursos de caixa 2 para disparos em massa de notícias falsas – fake news – contra o candidato Fernando Haddad (PT), que disputou contra Bolsonaro o segundo turno das eleições.
“Mais do que nunca, independentemente da questão criminal, que tem que ser aprofundada, é importante que o TSE dê prosseguimento nas impugnações da chapa. É inconcebível. Está muito claro que essa eleição teve toda uma situação fraudulenta”, alegou o advogado e cientista político.