PLR 2020 CPFL: Sinergia CUT negocia acordo para pessoal da Paulista e Piratininga

Sindicato participou de duas reuniões para debater metas e garantir pagamento. Nova rodada deve acontecer em breve

Lílian Parise, com informações da Secretaria Geral

Sindicato participou de duas reuniões para debater metas e garantir pagamento. Nova rodada deve acontecer em breve
Dirigentes do Sinergia CUT participaram recentemente de duas reuniões com representantes da CPFL Energia para debater as metas da PLR 2020 e garantir a renovação de novo Acordo Coletivo para o pagamento do benefício este ano. A primeira reunião foi realizada com a CPFL Paulista, no dia 28 de maio passado, seguida da rodada com a CPFL Piratininga, que aconteceu no último dia 4.
Com relação às metas para 2020, as empresas apresentaram ao Sindicato os seguintes resultados para os indicadores da PLR:As metas do Fator Área para 2020 serão atreladas às metas do(a) coordenador(a) de Área, e não mais à Gerência. Isso já deveria ter acontecido no ano passado, mas por inúmeros problemas no sistema de gerenciamento de metas da CPFL, com atrasos na definição das mesmas, o Sindicato solicitou que, em 2019, permanecesse no nível Gerencial, o que foi acatado pela empresa. Agora, segundo a CPFL, o sistema já foi acertado permitindo a apuração de indicadores e pesos de cada meta.
Adiantamento em setembro depende de acordo
Importante destacar que, para o pagamento do adiantamento da primeira parcela da PLR 2020, em setembro, é necessário que o Sindicato assine o Acordo com a empresa. Também é determinante para o pagamento integral da primeira parcela que o indicador EBITIDA seja atingido em apuração igual ou superior ao mesmo período de 2019.
As reivindicações do Sindicato
O Sinergia Cut levantou diversos questionamentos quanto aos indicadores DEC e FEC, que foram esclarecidos pelo gerente de Gestão Operacional, Alex Pignatti, e dúvidas relacionadas ao indicador FER, que foram respondidas pelo analista de Processos Comerciais, Gabriel Franco.
Junto com os demais sindicatos presentes, os dirigentes sindicais também argumentaram e fizeram propostas para aperfeiçoar o pagamento da PLR 2020. Acompanhe:

  • Criação, no acordo de PLR, de um mecanismo de reanálise das metas dos indicadores, em caso de não atingimento de metas em virtude da pandemia de covid-19. Essa preocupação decorre do fato das metas terem sido dimensionadas antes da pandemia.
  • Com relação ao EBITDA, é necessário estabelecer um mecanismo de compensação financeira para a PLR, caso os impactos da pandemia sejam compensados na tarifa das distribuidoras. Isso porque a empresa pode ter uma queda no valor do EBITDA esperado para 2020, o que pode ser compensado em 2021, através de mecanismos tarifários. Assim, as(os) trabalhadoras(es) também devem ter a mesma compensação na PLR.
  • Reivindicação de que, além da compensação acima, a empresa reveja os patamares mínimos de garantia quanto ao atingimento do indicador EBITDA, criando graduação para baixo, ou seja, no caso de atingimento parcial, as(os) trabalhadoras(es) receberiam parcialmente o valor referente a esse indicador.
  • Solicitação também da exclusão da data de corte de admissão, mantendo o valor de referência mínimo para todas(os) empregadas(os).
  • Cobrança de empenho das(os) gestoras(es) na divulgação regular dos indicadores e metas de áreas para as(os) trabalhadoras(es) para o devido acompanhamento.
  • Apontamento de vários problemas nas divulgações das metas do Fator de Área para as(os) trabalhadoras(es) do Atendimento (Agências de Atendimento). Em alguns locais ainda não houve divulgação.
  • Preocupação com desvios de função, ou seja, deslocamento de trabalhadores (Linha Viva e Técnicos) para atividades de corte, em detrimento de outras atividades, o que poderá prejudicar os indicadores DEC e FEC.
  • Cobrança sobre as metas das Áreas Corporativas, pois muitas áreas na Sede da CPFL estão com problemas, com falta de transparência por parte das(os) gestoras(es) na comunicação das metas específicas. Até porque, para as Áreas Corporativas, o fator de Área representa 60% do total da PLR.
  • Reivindicação de mais agilidade da empresa na divulgação das metas, pois, para assinatura do ACT da PLR 2020, é necessário conhecer a situação até o primeiro semestre.
  • Também foi reivindicado a assinatura de um ACT de PLR por dois anos (2020-2021).

As respostas da CPFL

  • Solicitação de que as entidades sindicais, em conjunto, apresentem uma proposta de redação, a ser colocada no acordo de PLR, para contemplar os mecanismos sugeridos, de análise em caso de não atingimento das metas por conta da pandemia e de eventual compensação do indicador EBITDA, no caso de compensações tarifárias.
  • Compromisso de analisar a possibilidade de reduzir para 50% o limite mínimo de atingimento do indicador EBITDA.
  • Compromisso de reforçar a gestoras(es) sobre a necessidade de disseminação constante de como está o andamento das metas de áreas.
  • E, por fim, empresa afirmou que não há espaço para evoluir com a questão da data de corte dos admitidos para fins de garantia de valor mínimo de referência, preferindo manter a data de corte atual.

Novas reuniões devem acontecer em breve para retomar a negociação, discutir essas pendências e reavaliar as metas. Fique ligado. A saída da crise é coletiva. O Sindicato é seu parceiro nessa luta!