Com mais de mil mortes por dia, Brasil passa de 225 mil vidas perdidas para Covid-19

A média diária, em alta há 12 dias, está em 1.062 mortes por dia. Desde o início da pandemia, 225.143 brasileiros e brasileiras morreram vítimas da Covid-19

ONG Paz Rio

Redação CUT

A média diária, em alta há 12 dias, está em 1.062 mortes por dia. Desde o início da pandemia, 225.143 brasileiros e brasileiras morreram vítimas da Covid-19

Foto: ONG Paz Rio

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O Brasil ultrapassou a marca de 225 mil vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.  Em apenas 24 horas, 27.225 novos casos e 609 mortes foram confirmadas. Com isso, já são 9.230.016 pessoas contaminadas e 225.143 mortas em consequência da doença, desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado.

Em janeiro deste ano, com o agravamento da pandemia,  quase 30 mil pessoas perderam a vida. Janeiro foi o terceiro mês com mais mortes por Covid-19, atrás apenas de junho e julho de 2020.

A média de mortes, apesar de dentro da estabilidade, continua subindo e está em 10% em relação a 14 dias atrás. São, em média, 1.062 mortes por dia e o país chega ao 12º dia seguido com a média móvel de mortes acima de mil, segundo dados do consórcio de imprensa.

A média de casos, também alta, permanece dentro da estabilidade. São, em média, 51.007 novos casos por dia, redução de 6% em relação a duas semanas atrás.

O Distrito Federal e dez estados estão com alta na média de mortes: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Ceará, Mato Grosso, Goiás e Paraná.

Em estabilidade, 11 estados: Amapá, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

Com queda na média de mortes, aparecem cinco estados: Tocantins, Rio Grande do Norte, Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Brasil passa de 2,2 milhões de pessoas vacinadas

Em relação aos números da vacinação no país, foram vacinados até agora 2.220.016. Isso representa 1,05% da população brasileira. No domingo, o total era de 2.051.295 pessoas. No total de doses aplicadas, o Brasil aparece em oitavo lugar, atrás de Estados Unidos, China, Reino Unido, Israel, Índia, Emirados Árabes e Alemanha.

Infectologistas afirmam que a melhor medida para acompanhar o avanço da vacinação no Brasil é o número de doses aplicadas por 100 habitantes. Israel aparece em primeiro. Depois vêm Emirados Árabes, Seicheles, Reino Unido, Bahrein, Estados Unidos. O Brasil está bem longe dos primeiros, aparece em 42º lugar.

Até agora, os estados que mais vacinaram no Brasil foram: Distrito Federal, Roraima, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Brasil é alvo de críticas por vetar quebra de patente de vacinas

Entidades e indivíduos que representam pacientes, médicos, cientistas e movimentos sociais da Índia e da África do Sul protestaram contra o Brasil devido ao posicionamento ideológico do governo Jair Bolsonaro (ex-PSL) no debate sobre o futuro das vacinas contra a Covid-19.  O protesto foi feito por mais de 200 entidades, segundo o blog do Jamil Chade, no UOL.

O Brasil vem bloqueando propostas para suspender as patentes de vacinas e permitir que o imunizante seja produzido em sua versão genérica. Sem a patente, as vacinas poderiam ser produzidas por laboratórios em outras partes do mundo, acelerando o acesso dos produtos a milhões de pessoas e por preços mais baixos.

O Itamaraty chegou a ser acusado por ativistas estrangeiros de estar inundando o debate na OMC de perguntas aos indianos como forma de arrastar a negociação e enfraquecer a proposta.

O Brasil vem tendo uma posição radical com países que produzem as vacinas, como Índia e China. Por conta disso, o país tem enfrentado dificuldade para conseguir os imunizantes produzidos por esses dois países.

Foi o Brasil que levou a OMC há 20 anos atrás a estabelecer regras para permitir um maior acesso a remédios. Naquele momento, a luta era para enfrentar a epidemia da Aids.

A liderança se transformou em um dos maiores ativos da política externa de FHC e Lula, aplaudidos pelas mesmas entidades que hoje lançam uma campanha contra o Itamaraty.