Escrito por: CUT São Paulo
As ações do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) são expressões de um machismo bem estabelecido no país e de um autoritarismo que segue latente neste Brasil de democracia com lacunas.
No início do ano, em janeiro, o deputado se recusou a usar máscara em um voo, alegando que tinha dispensa médica para não usar, fato que o fez ser retirado do avião. Nesta quarta-feira (17) a cena se repetiu, ele novamente se recusou a usar máscara no Instituto Médico Legal no Rio, hostilizando uma policial civil mulher que pediu que ele a vestisse.
Silveira é o mesmo homem que, em 2018, quebrou uma placa de rua com a homenagem à vereadora Marielle Franco, meses depois dela ter sido assassinada com um tiro no rosto.
Agora, preso em flagrante na noite de terça-feira (16), a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, após ataques feitos a ministros da corte, o deputado federal do Rio segue tendo a pretensão de estar acima da lei.
A publicação feita pelo parlamentar, de um vídeo com agressões ao Supremo Tribunal Federal (STF) com apologias ao Ato Institucional nº 5 (AI-5), principal instrumento de repressão da ditadura civil-militar no Brasil, é intolerável diante a história de violência de nosso país.
É a partir dessas ações que viemos à público repudiar as ações do deputado. Derrotar o bolsonarismo, o autoritarismo, o militarismo e o machismo no Brasil é tarefa do movimento sindical e dos movimentos populares de esquerda. Só assim teremos um Brasil mais próximo do que sonhamos.
São Paulo, 18 de fevereiro de 2021
Direção da CUT-SP
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