Dia Internacional da Mulher

Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT realiza evento virtual “Ele não!” e exige respeito à vida

O tema a ser abordado por Andrea é “A mulher brasileira em tempos de pandemia”. A coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT, Rosana Gazzolla Fávaro, explicou que o foco vai ao encontro do mote “Pela Vida das Mulheres, Resistiremos: contra a fome, a miséria e a violência! Vacina para todas e todos já e Fora Bolsonaro”, discutido e lançado por mulheres CUTistas.

Nice Bulhões

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT realizará o evento virtual “Ele não!” às 8h30 da próxima segunda-feira (8), pela plataforma Zoom. Uma das atividades será uma palestra com a advogada Andrea Marques, mestranda da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no estudo de Gênero, Feminismo e Mulheres (PPGNEIM) e embaixadora da Ecowomen (2021). O público-alvo são trabalhadoras, trabalhadores e dirigentes do Sindicato.

O tema a ser abordado por Andrea é “A mulher brasileira em tempos de pandemia”. A coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT, Rosana Gazzolla Fávaro, explicou que o foco vai ao encontro do mote “Pela Vida das Mulheres, Resistiremos: contra a fome, a miséria e a violência! Vacina para todas e todos já e Fora Bolsonaro”, discutido e lançado por mulheres CUTistas. Leia mais aqui e confira abaixo da matéria os cards produzidos pela CUT.

Rosana explicou que os efeitos da pandemia da Covid-19 na vida das mulheres brasileiras estão sendo devastadores. “Muitas enfrentam uma rotina diária de tarefas domésticas, com cuidados com idosos, crianças e pessoas com deficiência, e ainda o trabalho remoto. Outras estão tendo de se expor para trabalhar fora de casa e garantir a sobrevivência de suas famílias, sendo que a maioria dos profissionais da saúde, por exemplo, na linha de frente da Covid-19 é de mulheres.”

De acordo com Rosana, uma das provas de que a pandemia de Covid-19 trouxe impactos econômicos na vida das mulheres é o resultado da pesquisa do Sebrae que revelou que “a crise interrompeu um movimento consistente, verificado desde 2016, de crescimento na representatividade das mulheres no universo do empreendedorismo no país”.  Na avaliação dela, isso aconteceu porque ainda persiste no país a cultura de que a responsabilidade pelas tarefas domésticas é da mulher.  

No 3º trimestre de 2020, segundo o Sebrae, havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócios no Brasil. Desse universo, aproximadamente de 8,6 milhões eram mulheres (33,6%) e 17 milhões, homens (66,4%). Em 2019, a presença feminina correspondia a 34,5% do total de empreendedores . “Houve uma perda de 1,3 milhão de mulheres à frente de um negócio, ou seja, estão sem renda”, disse Rosana.

Com a questão do isolamento social, outro problema se aprofundou: a violência doméstica.  “As violências são inúmeras, desde cárcere privado, tapas e empurrões, até mexer no celular sem permissão”, explicou Rosana. Além disso, há o descaso do governo de Jair Bolsonaro com a saúde dos brasileiros e a economia do país, que torna a situação das mulheres ainda mais difícil. “Por isso, precisamos colocar o direitos, as prioridades e as vozes das mulheres no centro das discussões.”

Artes produzidas pela CUT: