Seminário virtual proporá pacto para proteção ao emprego no mundo

Confederação Sindical Internacional discutirá os impactos da Covid-19 para os trabalhadores de todo o mundo em encontro virtual nesta sexta-feira (30). Debate abordará trabalho informação e proteção ao emprego

ARTE: NALU VACCARIN

Redação CUT

Escrito por: Redação CUT 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, trabalhadores e trabalhadoras do mundo todo foram impactados pela retração das economias dos países, que tiveram de tomar medidas para restringir o contato social, como lockdown, toque de recolher e outras, que resultaram no fechamento de fábricas e outros locais de trabalho e, consequentemente, queda nas vendas e perda de emprego e renda.

De acordo com a Confederação Sindical Internacional (CSI), mais de 250 milhões de empregos foram perdidos somente em 2020. A estimativa para 2021 é de que mais 130 milhões de postos de trabalho estejam em risco.

Neste contexto, no 1° de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, sindicatos de todo o mundo estão reforçando suas pautas incluindo justiça social e econômica, por direitos, paz e sustentabilidade.

Para o movimento sindical, o pleno emprego, consagrado na constituição da Organização Internacional do Trabalho (OIT), deve permanecer uma prioridade.

Para debater o tema, a CSI realizará um webinário (seminário on-line), nesta sexta-feira (30), às 9h (horário de Brasília), com a participação de líderes sindicais mundiais como Guy Ryder, diretor-geral da OIT; Sharam Burrow, Secretária Geral da CSI e Oliver de Schutter, relator especial da ONU sobre pobreza extrema e direitos humanos.

O evento será apresentado como um painel de discussão, com interação dos participantes, que poderão fazer perguntas aos convidados.

A tradução será simultânea para os idiomas Inglês, Francês e Espanhol. Para participar do webinário, clique aqui

Um novo contrato social para recuperação e resiliência

Para a CSI, governos têm de dar uma resposta ao desafio de manter empregos e não permitir que mais trabalhadores mergulhem na pobreza. A entidade aponta como fundamentais, ações como aumentar o investimento público, investir no setor público e criar programas de emprego público, estimular a criação de empregos de qualidade, investir em educação e treinamento, e formalização do trabalho, garantindo direitos.

Ainda de acordo com a CSI, planos de proteção ao emprego devem também abordar questões como expandir a prestação de cuidados de saúde com infraestruturas de qualidade e, na questão econômica, uma tributação mais justa, que será crucial para financiar esse esforço.

“Qualquer retorno às políticas fracassadas de austeridade teria consequências desastrosas para os trabalhadores e para a sociedade”, diz a CSI, em nota.

Demandas

Além da criação de empregos, outras demandas dos trabalhadores são prioridades e fazem parte da Declaração do 1° de Maio da CSI: Criação de empregos e um novo contrato social.

– Direitos, em particular o direito de organização e negociação coletiva;

– Proteção Social, incluindo um fundo global de proteção social para os países menos ricos;

– Igualdade, para as mulheres e para todos os grupos que enfrentam a discriminação;

– Inclusão, especialmente a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e acesso para todos às vacinas, testes e tratamentos da Covid-19.

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