Em postura ultraliberal, alinhada com a gestão do desgoverno de Guedes/Bolsonaro, a direção de Furnas/Eletrobras segue atacando os direitos e benefícios dos trabalhadores, descumprindo os acordos pactuados com as entidades sindicais. Mesmo mantendo alta lucratividade, Furnas preparou um pacote de maldades para este mês. Confira:
Maldade 1: Sem Reajuste Salarial
A direção de Furnas/Eletrobras decidiu que não pagará o reajuste salarial aos trabalhadores conforme está no ACT após uma decisão judicial, em caráter liminar, que impede a alteração do formato da assistência à saúde.
O reajuste estava vinculado à adesão à CGPAR-23, em outubro, porém, esta portaria já não existe, devido à aprovação no Congresso e publicação do PDL 342/2021. Ou seja, a empresa se baseia em algo inexistente para retirar o aumento salarial dos trabalhadores.
E para agravar ainda mais a situação, isso ocorre diante de um cenário catastrófico do país, que enfrenta uma inflação descontrolada e uma carestia em todos os sentidos. Tudo comprovando que Furnas tem mesmo investido no quanto pior, melhor!
Vale dizer ainda que a empresa enviou um e-mail coorporativo citando um julgamento do dia 23 de setembro, mas escondeu o jogo, deixando os Sindicatos e os trabalhadores sem real conhecimento dos fatos.
Maldade 2: PLR
Em outra definição da direção, o valor do montante da PLR a ser distribuído para a categoria foi reduzido de 1,48 da folha de pagamento para 1,01 da folha, retirando assim, 32% do valor a ser pago aos trabalhadores que fizeram jus ao valor correto, pois, mesmo em tempos de pandemia, manteve o Sistema em funcionamento.
A “justificativa” de Furnas para a redução foram duas indenizações que teria pago, e numa mágica contábil, incluiu esta despesa juntamente com as custas de PMSO. Como são de valores elevados, ultrapassou a meta estabelecida.
Entendendo melhor, estas indenizações foram pagas à Light, no Rio de Janeiro, sobre uma demanda da década de 80 e a uma outra empresa (a qual Furnas não citou o nome). Tais indenizações não deveriam ser colocadas como penalidade aos trabalhadores, pois são frutos de erros de gestão do passado e a PLR é referente aos resultados do ano de 2020.
Pasmem ainda todos: há trabalhadores em Furnas que estão sendo punidos por uma dívida de uma época que eles nem haviam nascidos.
Diante desse cenário, o Sinergia CUT e demais entidades que fazem parte da Intersindical Furnas esperam que a empresa reverta sua postura, porque os trabalhadores não ficarão parados!
2 de outubro: #ForaBolsonaro
Prova disso é que no sábado, dia 2 de outubro, há um movimento de trabalhadores e trabalhadoras de todo o país que vão ocupar as ruas pelo #ForaBolsonaro, por emprego decente, em favor da vida, da renda, contra a fome, a carestia e a reforma Administrativa (PEC 32). É um ato pelo Brasil e pelos brasileiros, que está sendo organizado pela CUT junto com as demais centrais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
A classe trabalhadora tem a tarefa prioritária de ir às ruas nesse próximo dia 02 para protestar contra o desastroso governo que está aí. Mas também é preciso assegurar a segurança física e sanitária para conter a disseminação do novo coronavírus. Use máscara e álcool e evite ficar muito próximo uns dos outros! #ForaBolsonaro!
Todos pela vida: com saúde, emprego e renda!
Por Comunicação do Sinergia CUT, com informações da Intersindical Furnas
*Edição Débora Piloni