Articulação política defende empregos e preços mais baixos de insumos e remédios

Sindicalistas e deputados se uniram para fortalecer uma plataforma de articulação política intensa e integrada de atenção a indústria nacional química e farmacêutica junto ao Parlamento

JOSÉ VICTOR NUNES MARIANO

Escrito por: Fetquim-CUT

Escrito por: Fetquim-CUT

Um encontro para fortalecer uma plataforma de articulação política intensa e integrada de atenção a indústria nacional química e farmacêutica junto ao Parlamento foi realizada nesta segunda-feira (18), sede da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químicos da CUT do Estado de São Paulo (Fetquim/CUT), no centro de São Paulo. Os objetivos dessa articulação política são defender os empregos e os preços mais baixos de insumos e remédios. 

No encontro, o deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) reforçou que o Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS), em Brasília, é um projeto a ser adotado pelas entidades da química e farmacêutica pelo país, de modo a conseguir cumprir com o direito de acesso à saúde a toda a população brasileira.

Já o o deputado estadual de São Paulo Luiz Fernando (PT), que será o coordenador da Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo, criada recentemente na Alesp, e que vai contar ainda com outros 25 deputados estaduais, falou sobre o trabalho dos deputados paulsitas.

De acordo com ele, a Frente vai dialogar com o poder público e o setor privado sobre a questão tributária dos medicamentos, a permanência das indústrias no estado e a defesa de milhares de empregos em São Paulo.

“Nossa intenção é que os pacientes paguem menos pelos remédios e tenham acesso mais fácil. Hoje o Estado de São Paulo incide sobre os remédios uma tributação muito superior a de quase todos os Estados no país, e se tornou ainda mais caro para a população, bem como a fuga da Indústria Farmacêutica para outros estados da federação”, afirmou o deputado.

O coordenador político da Fetquim/CUT, Airton Cano, ressaltou a necessidade de uma articulação integrada entre diversos setores sindicais que compõe a química e a farmacêutica.

Daniel Calazans, secretário-Geral da CUT- SP,  destacou o posicionamento a ser adotado pelos trabalhadores e trabalhadoras diante dos ataques aos direitos trabalhistas.

Participaram também do encontro dirigentes do ramo químico nacional e Edson Bicalho, da Fequimfar, que representou os setores da Força Sindical.

Os deputados receberam o livro “Agonia e sofrimento dos trabalhadores contaminados pela Covid-19″, do pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) e assessor de Saúde da Fetquim/CUT, Remígio Todeschini, foi encaminhado aos deputados presentes.

Com depoimentos exclusivos de trabalhadores que contraíram a Covid-19 bem no início da pandemia, o estudo faz um apanhado dos efeitos ocupacionais da doença na classe trabalhadora.

O encontro terminou com um compromisso de luta coletiva pela memória dos mortos pela Covid-19.

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