Morte no Carrefour

Empresa de seguranças que mataram Beto Freitas assina acordo de R$ 1,79 milhão

Dinheiro será destinado a bolsas de estudo e cestas básicas para pessoas negras do Rio Grande do Sul, onde fica a unidade do Carrefour em que ocorreu a tragédia

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Redação CUT

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul e o Grupo Vector, onde trabalhavam os seguranças que assassinaram um homem negro em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre em novembro do ano passado, assinaram, nesta quinta-feira (4), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que prevê  o pagamento de  R$ 1,79 para ações de combate ao racismo estrutural, à discriminação e à violência.

O acordo, segundo o jornal Folha de S. Paulo, evita que a empresa seja cobrada judicialmente pela morte de João Alberto Silveira Freitas, 40, conhecido como Beto Freitas, que foi espancado por dois seguranças da Vector e morreu asfixiado. 

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Metade dos R$ 1,70 milhão será destinada a bolsas em universidades particulares da capital gaúcha, 35% serão destinados a crianças de até cinco anos para ficarem em creches e outros 15% para cestas básicas mensais a moradores do bairro Passo D’Areia, onde está a unidade em que Beto Freitas foi morto.

De acordo com o jornal, a Vector também se comprometeu a treinar seus funcionários a identificar e evitar discriminação e racismo estrutural, e  aumentar seu quadro de trabalhadores negros, com metas anuais.

Em junho, o Carrefour assinou um TAC, de R$ 115 milhões, e se comprometeu a uma série de ações, como estabelecer um plano antirracista e reforçar seus canais de denúncias.

Escrito por: Redação CUT