Escrito por: Redação CUT
O Brasil registrou nesta terça-feira (30), em São Paulo, dois casos positivos da variante ômicron, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A variante foi identificada por pesquisadores da África do Sul, que tem alguns dos maiores epidemiologistas e cientistas do mundo, que conseguiram detectar variantes emergentes do coronavírus e suas mutações no início de seu ciclo de vida. Eles anunciaram a descoberta no dia 24. No dia 26, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou o mundo sobre a descoberta da ômicron, que classificou como uma “variante de preocupação”. Duas pessoas já haviam testado positivo para a ômicron na Holanda, antes da chegada de dois voos da África do Sul no dia 26. Até ontem, acreditava-se que esses voos teriam carregado o vírus, mas a ômicron já estava presente no país pelo menos uma semana antes.
Já os casos detectados em São Paulo, de acordo com as secretarias municipal e estadual de Saúde de São Paulo – um homem de 41 anos e a mulher de 37, com sintomas leves – são de pessoas que vieram da África do Sul e desembarcaram de um voo vindo daquele país no aeroporto internacional de Guarulhos, no dia 23 de novembro. Eles são missionários brasileiros, que moram na África do Sul e vieram visitar familiares que moram na Zona Leste da capital paulista. Eles foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.
Os resultados do sequenciamento genético foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo estadual de São Paulo, de acordo com entrevista do secretário Estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
De acordo com a secretaria municipal de Saúde de São Paulo, nem o homem nem a mulher têm registros de vacinas contra a doença no Brasil, mas tomaram uma dose única da Janssen na África do Sul. Não há registro dos dois na plataforma VaciVida, segundo a secretaria estadual de Saúde e o Ministério da Saúde.
O que se sabe até o momento é que os contagiados com a ômicron têm sintomas leves e a maioria dos pacientes não foram para o hospital, segundo médicos da África do Sul. Eles afirmam que ainda é cedo para tirar conclusões finais, pois é comum que as hospitalizações ocorram passados vários dias após a infecção.
A variante ômicron, aparentemente, é mais contagiosa do que as anteriores. A média de novos casos dos últimos 7 dias subiu de 200 para mais de 2.000 por dia. O número pode chegar a 10 mil por dia até o fim desta semana.
Países que registram casos
Até agora, a ômicron já foi detectada em pelo menos 18 países, 11 deles da Europa, região que já enfrentava uma piora da pandemia de Covid-19 mesmo antes do surgimento da variante.
Entre os países que registram casos da variante ômicron do coronavírus, estão: África do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Botsuana, Canadá, Dinamarca, Espanha, Holanda, Hong Kong, Israel, Itália, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia e, agora, Brasil.
A nova linhagem do vírus ainda está sob análises de cientistas de diversos países e pouco se sabe sobre seus efeitos. O que eles querem saber é se ela é mais transmissível, resistente às vacinas ou mais letal. A ômicron foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 24 de novembro.
Mortes e casos no Brasil
Nas últimas 24 horas, foram registradas 305 novas mortes por Covid-19 no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Agora, são 614.681 vítimas da doença no país.
Em relação aos casos confirmados da doença, foram 9.710 novos casos em 24 horas. São 22.094.459 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia.
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