Covid-19

Com mais de mil mortes em 24 horas, Brasil completa 10 dias com média acima de 800

Em 24 horas, o país também somou mais 131.049 casos da infecção. A média móvel de casos foi de 116.566 infecções por dia, redução de 36%

Fernando Frazão/Agência Brasil

Redação CUT

O Brasil voltou a registrar nesta quinta-feira (17) mais de mil mortes em um período de apenas 24 horas. Foram registradas no sistema do SUS 1.129 mortes em consequência de complicações causadas pela Covid-19 entre quarta e quinta-feira, totalizando 641.997 óbitos e 27.941.476 pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 841, completando 10 dias acima da marca de 800, indicando estabilidade.

Em 24 horas, o país também somou mais 131.049 casos da infecção. A média móvel de casos foi de 116.566 infecções por dia, redução de 36% em relação ao dado de duas semanas atrás. Os números do consórcio de imprensa apontam que o país está com 30 dias seguidos com média acima de 100 mil.

É a menor taxa em quase um mês, após a recente explosão na transmissão da doença causada pela variante ômicron, altamente contagiosa.

Vacinação

Nesta quinta, o Brasil registrou 1.426.858 doses de vacinas aplicadas. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, 602.865 tomaram a primeira dose das vacinas CoronaVac, Pifzer ou AstraZeneca; 152.600 a segunda; e, 5.125 a vacina de dose única, da Janssen. Também foram registradas 666.268 doses de reforço.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, 170.609.984 pessoas (79,42% da população) receberam pelo menos a primeira dose de uma das vacinas contra a Covid, sendo que 148.779.023 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 153.442.549 pessoas (71,43% dos brasileiros) com as duas doses ou com a dose única da Janssen.

 Brasil passou pelo pico da Ômicron

Desde a confirmação do primeiro caso da variante ômicron do coronavírus, o país já enfrentou os mais diversos cenários no enfrentamento à pandemia.

Especialistas ouvidos pela CNN Brasil disseram que o país pode ter passado pelo pico de casos do coronavírus, mas a cobertura vacinal deve avançar para evitar novas variantes.

O Brasil atingiu o maior número de novas infecções com 298.408 em 24 horas. Contudo, diferente do que se viu no início de 2021, devido principalmente à vacinação, o índice de mortes não aumentou na mesma proporção que os casos dispararam.

Para Ester Sabino, imunologista e ex-diretora do Instituto de Medicina Tropical, que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus, o pico de casos da ômicron já pode ter passado. “Tudo indica que a tendência é, nos próximos dias, vermos uma queda no número de casos — que já está acontecendo — e também nas mortes”, disse à CNN Brasil.

O mesmo é defendido pelo infectologista Fernando Bellissimo-Rodrigues, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Ele disse que “talvez o pior já tenha passado, mas isso demora um pouco para se refletir no número de mortes.”

Rio suspende vacinação infantil contra Covid-19 por falta de doses

A vacinação infantil contra a Covid-19 está suspensa na capital fluminense a partir desta quinta-feira (17), por falta de doses, de acordo com informação divulgada no início da noite de quarta (16) pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS Rio). O esquema vacinal retornará tão logo a prefeitura carioca receba mais doses dos imunizantes.

Escrito por: Redação CUT